Pão carioquinha pode subir mais de 10% em abril

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Após o reajuste de 8% sofrido já em fevereiro deste ano, o pão carioquinha do Ceará pode ficar ainda mais caro no mês que vem. O aumento na tarifa de energia e as variações do dólar podem puxar um acréscimo superior a 10% no valor do pão vendido no Estado, segundo projeta o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado do Ceará (Sindpan-CE). Seguindo essa mesma tendência, as massas e biscoitos também deverão sofrer alta de até 8% em abril.

O fator complicador para o Estado, explica o presidente do Sindpan-CE, Lauro Martins, é o que todo o trigo utilizado na panificação é fruto de importação. "Ele sofre diretamente com a oscilação do dólar", acrescenta o presidente. De acordo com Martins, o setor vai aguardar a estabilização da moeda norte-americana para decidir o percentual de reajuste que será aplicado no pão. O índice, adianta, deve ser superior a 10%.

"Acredito que até o início do próximo mês, o dólar deverá se estabilizar e a gente possa ter uma posição. Mas as pessoas ainda podem aproveitar para consumir bastante pão de côco, que vai vir sem o reajuste", garante Martins. O aumento no pão, registrado no mês passado, segundo o presidente do Sindpan-CE, contemplou os gastos com salários de funcionários, alta da gasolina e os primeiros ajustes na tarifa de energia.

Após a Semana Santa


As massas e biscoitos também devem ficar mais caras a partir do mês que vem, como resultado da pressão da alta do dólar e aumentos seguidos na energia. "O impacto vai ser sentido principalmente nas fábricas do Interior, que são todas movidas a energia, diferente das que ficam na Capital e funciona à base de gás natural", explica o presidente interino do Sindicato das Indústrias de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado do Ceará (Sindmassas), Aroldo Feijão.

O preço dos itens deve ficar entre 5% e 8% mais caro, mas apenas depois da Semana Santa, quando devem ser vendidos os estoques desse segmento, explica Feijão. A última alta nos produtos dessa linha foi no ano passado, quando biscoitos e massas subiram 5%, índice considerado linear, segundo o presidente interino do Sindmassas.




Veículo: Diário do Nordeste


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