Mais sete empresas apresentaram suas propostas pela LBR

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Por Alda do Amaral Rocha | De São Paulo


Sete empresas apresentaram ontem suas propostas para a compra de ativos da LBR - Lácteos Brasil, que está em recuperação judicial, durante assembleia geral de credores da companhia. Outras cinco companhias devem fazer suas ofertas nesta quarta-feira: Montes Belos, Itambé, Tangará, Marcelinense e Deale.

Depois de segunda-feira - quando a francesa Lactalis e a venezuelana Unaquita melhoraram ou ampliaram suas propostas -, ontem a Vigor, controlada pela J&F, confirmou as duas ofertas que apresentou em julho ao juiz da recuperação judicial. Na primeira, oferece R$ 30 milhões pela unidade produtiva isolada (UPI) Garanhuns. A segunda prevê a compra da UPI Poços de Caldas (Requeijão), por R$ 10 milhões.

Já a catarinense Laticínios Tirol, que não havia feito proposta em julho, apresentou oferta para a aquisição da UPI Tapejara, por R$ 68,9 milhões. Pela proposta, R$ 14 milhões seriam pagos 30 dias após a data de fechamento do negócio, e haveria mais 84 parcelas de R$ 654 mil, acrescidas de IPCA. Outra que também não havia feito proposta antes, a Laticínios Jussara fez oferta de R$ 4 milhoes pela UPI São Gabriel (MS). Um montante de R$ 500 mil seria pago cinco dias após transferência de unidade, e o restante em sete parcelas mensais de 500 mil, com correção pelo IGPM, conforme a oferta.

Ontem também houve propostas que foram ampliadas em relação às ofertas originais. A ARC Medical Logística, de Itu, havia feito, em julho, cinco propostas separadas. As ofertas contemplavam as UPIs São Gabriel (MS), Garanhuns, Líder, Tapejara e Poços de Caldas. Ontem, a ARC fez uma oferta única por um grupo de ativos e três propostas individuais. A proposta pelo conjunto, no valor de R$ 203 milhões, compreende as UPIs São Gabriel, Líder, Boa Nata, Poços de Caldas, Bom Gosto, Fazenda Vila Nova e Barra Mansa.

Conforme a oferta da ARC, o valor de R$ 203 milhões seria pago da seguinte forma: haveria dedução de R$ 94 milhões (referente a arrendamento de ativos da LBR para a ARC) e de R$ 29 milhões destinados à alienação fiduciária que incide nas UPIs. Os R$ 80 milhoes restantes seriam pagos em 48 parcelas mensais. Há dedução no valor porque, para obter recursos, a LBR arrendou três dos seus negócios: Líder, Poços de Caldas e Boa Nata, para a ARC, que aceitou pagar R$ 94 milhões antes da transferência da posse das unidades, prevista para meados deste mês.

As propostas individuais da ARC são pela UPI Gaurama, pela qual pagaria R$ 6 milhões, em 40 parcelas mensais corrigidas pela TR. A empresa também fez ofertas pela UPI Tapejara, propondo-se a pagar o equivalente a 100% do valor de retrovenda, de R$ 67,3 milhões em 30 de junho deste ano. A outra oferta individual foi pela UPI Garanhuns, pelo equivalente a 100% do valor do contrato de retrovenda, de R$ 65,1 milhões em 30 de junho. As unidades são objetos da retrovenda porque foram vendidas à empreendedora MS pela LBR. Na retrovenda, a LBR recompra as UPIs e as revende.

A Colorado Imóveis e Participações, com sede em Jundiaí, ampliou a oferta que havia feito em julho. A proposta original era de R$ 68 milhões por três UPIs (São Luiz dos Belos Montes, Leitbom, e Cedrense), mais a unidade de Uruaçu (Goiás), que não está na lista dos ativos colocados à venda dentro do processo de recuperação judicial da LBR. Pela proposta ampliada, a Colorado oferece R$ 130 milhões pelos mesmos ativos que já havia indicado, além das UPIs São Gabriel e Poços de Caldas. A Colorado condiciona a compra das unidades à possibilidade de adquirir também Uruaçu. A proposta prevê que os R$ 130 milhões seriam pagos da seguinte forma: R$ 35 milhões em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 17 milhões dez dias úteis após a posse dos ativos e a segunda, após 90 dias do vencimento da primeira. Os R$ 95 milhões restantes seriam pagos em 60 parcelas de R$ 1,583 milhão, mais IPCA.

A goiana Laticínios Bela Vista, dona da marca Piracanjuba, melhorou sua oferta pela UPI Leitbom, que compreende a marca Leitbom. A proposta original era de R$ 7,5 milhões pelo ativo, mas a Bela Vista dobrou a oferta para R$ 15 milhões, que seriam pagos em 36 meses, corrigidos pela Selic.

Pouco antes de a assembleia ser suspensa, Nelson Bastos, diretor presidente estatutário da LBR, disse esperar que as propostas finais de todos os proponentes sejam entregues hoje. Depois disso, as melhores serão escolhidas para avaliação da assembleia de credores.



Veículo: Valor Econômico


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