Prepare-se para mais um passo tecnológico ao nosso desenvolvimento

Leia em 3min 10s

Por Marco Antonio Zanini*


A Tecnologia da Informação (TI) é uma facilitadora do nosso cotidiano, seja para o lazer, trabalho ou compromissos como a gestão tributária. É notório que a TI não é sinônimo apenas de modernidade, mas também uma estratégia que amplia o faturamento de forma coesa e, acima de tudo, traz sucessos para os negócios. Um estudo da Boston Consulting Group (BCG) revela que se todas as PMEs adotassem novas tecnologias, a economia brasileira teria um acréscimo de 122 bilhões de dólares na criação de mais empregos, uma vez que seriam necessários 2,5 milhões de funcionários a mais no mercado.


O governo também está atento a essas melhorias. Apenas o Governo Federal, por exemplo, tem investido em projetos de desenvolvimento tecnológico, como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) para facilitar a vida do cidadão e, principalmente, do empreendedor. Iniciada em 2007, a medida propõe a informatizar a troca de informações entre o governo e seus contribuintes, por meio da Internet, estabelecendo um relacionamento mais transparente e seguro sobre as contribuições realizadas corretamente.


Neste ano, a modernização alcança a área do varejo com a Nota Fiscal do Consumidor Final (NFC-e). Prevista para iniciar no segundo semestre de 2014, o projeto tem entre as melhorias, a possibilidade de substituir o tradicional cupom fiscal emitido em lojas, supermercados, drogarias e comércio varejista em geral por um sistema de comunicação totalmente online e sem a necessidade de investimento e equipamentos específicos e caros. A medida traz vantagens para as empresas, porque simplifica os procedimentos de gestão tributária, por meio da TI e garante segurabilidade dessas informações.


Porém, como foram desenvolvidos dois modelos de tecnologia para essa medida - o Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos (SAT) e o NFC-e, surgiram dúvidas entre os envolvidos sobre qual será adotado como padrão brasileiro. Em São Paulo, por exemplo, foi adotado o SAT, que necessita de um hardware específico para a sua utilização. O sistema substituirá os atuais ECFs (Emissores de Cupons Fiscais) nos estabelecimentos varejistas e, caso o acesso à Internet seja interrompido, a tecnologia mantem o procedimento até o seu reestabelecimento. Além disso, os cupons fiscais podem ser emitidos de qualquer impressora.


Já nos estados do Amazonas e Mato Grosso está em teste o NFC-e, um sistema com inúmeras características iguais ao SAT, mas com a diferença que o seu funcionamento é por meio de um software integrado à plataforma em nuvem de uma SEFAZ estadual, realizando o envio dos dados da transação no ato da compra. Essas informações ficam armazenadas na cloud de cada secretaria estadual e não precisa de um hardware específico para a sua utilização.


Universalmente, os dois sistemas trarão melhorias expressivas ao varejista, como redução de custos, uso de novas tecnologias de mobilidade, flexibilidade de expansão de PDV, apelo ecológico e integração de plataformas de vendas físicas e virtuais.


Assim como foi a implementação da Nota Fiscal Eletrônica no Brasil, teremos um longo percurso para que a medida seja concluída e que todos estejam conectados a um sistema padrão e seguro. Por enquanto, os testes continuarão até que todas as SEFAZ estaduais entrem no consenso de escolha do sistema que será o padrão. Já o varejista deve manter-se atento às inovações tecnológicas para que ele consiga melhorar os seus negócios e possa reduzir os riscos com a burocracia tributária.


Em resumo, a tecnologia existe para melhorar a nossa vida, o bem mais valioso do mundo.


*Marco Antonio Zanini é diretor da NFe do Brasil, empresa especializada em inteligência fiscal eletrônica

 

 

 


Veja também

Produção de grãos vai a 193,6 milhões de toneladas

A produção de grãos no Brasil, medida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgada ...

Veja mais
Vendas externas de soja somam US$ 15,58 bilhões

Entre janeiro e maio de 2014, o principal setor exportador do agronegócio foi o do complexo soja, com vendas exte...

Veja mais
Lâmpadas mais usadas no Brasil vão sumir das lojas em até 1 ano

Modelo incandescente de 60 watts deixará de ser feito em julhoDE SÃO PAULOAs lâmpadas incandescentes...

Veja mais
Cautela na indústria de lácteos

Incertezas econômicas e expectativas frustradas com a Copa fazem setor frear investimentosAs incertezas quanto ao ...

Veja mais
Cooperativas de Minas são selecionadas para vender seus produtos durante a Copa

Em campo, Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo disputam os holofotes para ver quem mais se exibe na Copa do Mundo. Fora del...

Veja mais
Plantio de soja avança em Paragominas

Por Camila Souza Ramos | De Paragominas (PA)Não foram poucas as transformações pelas quais Paragomi...

Veja mais
Comércio já fatura com ânimo de torcedores

As operações populares e específicas de artigos para festas têm conseguido lucrar com as vend...

Veja mais
Televisores mais baratos na Copa

Promoções de modelos antigos e demanda fraca são os principais motivos para os valores mais baixos ...

Veja mais
Fispal Tecnologia foi marcada pela forte geração de negócios e tecnologias de automação e inovação

Sessenta mil profissionais passaram pelo Anhembi de 3 a 6 de junho. Expositores exibiram números surpreendentes d...

Veja mais