Cartão de crédito "reina" no varejo de BH

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Tendência é que o uso fique nesse patamar de vendas a prazo, da ordem de 80%, oferecendo segurança ao lojista

A estabilidade monetária, o avanço tecnológico e a ampliação do acesso ao crédito, principalmente nos últimos dois anos, mudaram definitivamente o perfil dos consumidores belo-horizontinos. A tendência é que a maioria parcele os pagamentos, variando entre três e cinco vezes, e usando preferencialmente o meio eletrônico. Das operações a prazo, o cartão de crédito deve alcançar uma participação da ordem de 80%, reduzindo o risco de inadimplência para o comerciante.

O Balanço do Crédito do Comércio Varejista realizado pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), referente a fevereiro, apurou que 65% das compras foram feitas a prazo, ficando apenas 35% à vista, via cartão de débito, dinheiro e cheque.

Das operações a prazo, 90% foram realizadas por meio de pagamentos eletrônicos, sendo 84% com cartão de crédito e os outros 6% com cartão da própria loja. Confirmando uma tendência, somente 7% das compras parceladas foram feitas com cheque e 2% com boleto.

Em fevereiro de 2012, o cheque representava 19% das vendas a prazo, enquanto o cartão de crédito correspondia a 71%, o cartão de crédito próprio a 4%; e o boleto, a 7%. Dez anos depois, em fevereiro de 2013, o uso de cheque para compras parceladas caiu para 10%, o do cartão de crédito subiu para 82%, o do cartão de crédito próprio se manteve em 4%, enquanto o do boleto caiu para 7%.

"A tendência é que o uso do cartão de crédito fique nesse patamar de vendas a prazo, da ordem de 80%, oferecendo mais segurança ao empresário do que um cheque pré-datado", indica a estatística da Fecomércio Luana Oliveira, lembrando que cerca de 87% dos empresários recusam cheques como meio de evitar a inadimplência.

Parcelamento - Das compras realizadas com cartão de crédito, a maior parte (22,6%) foi feita em quatro vezes. O parcelamento em três vezes foi a opção de 20,1% dos consumidores, enquanto outros 15,3% dividiram até cinco vezes. Luana observa que o parcelamento sem juros pode ser feito até cinco e que, a partir daí, a compra pode não ser tão vantajosa para os consumidores.

A mudança de comportamento pode ser percebida não apenas na comparação com os meses de fevereiro de 2013 e de 2012, mas também na variação mensal. Em janeiro, os cheques respondiam por 10% das vendas a prazo, caindo para 7% em fevereiro. O uso do cartão de crédito passou de 82% para 84% no período, o cartão de crédito próprio passou de 5% para 6% e o boleto caiu de 3% para 2%.

Para Luana, além do conforto para o consumidor, a tendência de uso do cartão de crédito é uma boa notícia para o lojista, principalmente porque, em caso de inadimplência, a responsabilidade será da operadora. Em fevereiro, 87% dos lojistas disseram que recusam cheques como meio de evitar a inadimplência. Outros 10% fazem cadastro, 1% aceita pré-datado com prazo menor e 1% prioriza o uso do cartão de crédito.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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