Desaceleração de IGP-M traz bons sinais ao varejo

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A desaceleração do IGP-M de dezembro para janeiro foi menos intensa que a ocorrida em igual período do ano passado, mas traz bons sinais para os preços ao consumidor porque foi mais concentrada em preços agrícolas, que têm linha direta com os bens consumidos pelas famílias.

Nessa virada de ano, o IGP-M passou de 0,60% em dezembro, para 0,48% em janeiro, um recuo de 0,12 ponto percentual. No mesmo período do ano passado, o recuo foi de 0,68% para 0,34%, alcançando 0,34 ponto percentual.

Nos preços no atacado, o movimento foi mais benigno tanto em agrícolas como nos industriais no ano passado. No IPA-Agro, a inflação medida pelo IGP-M saiu de 1,40% em dezembro de 2012 para menos 0,62% em janeiro de 2013. Agora, a virada foi de uma alta de 0,75% para menos 0,89%. Nos preços industriais, 2013 iniciou com alta menor de preços (de 0,46% em dezembro para 0,40% em janeiro), situação que não ocorreu agora, quando os preços industriais continuaram a subir, indo de 0,58% para 0,76% entre dezembro de 2013 e janeiro deste ano.

Embora a desaceleração deste ano seja menor, ela embute sinais positivos. Em 2013, por exemplo, a soja teve um peso muito grande (recuo de 9% em janeiro de 2013), mas esse é um preço cuja queda demora a aparecer nos preços ao consumidor. Neste janeiro (2014), a retração nos preços agrícolas no atacado foram mais pulverizadas e influenciadas por itens com influência mais direta nos preços ao consumidor, como leite, batata e tomate, o que sugere preços menores nos IPCs na sequência.

Os preços industriais no atacado, embora ainda tenham subido sobre dezembro, também já trazem sinais de desaceleração. O pico da alta no IPA industrial ocorreu no fechamento do mês, no IGP-DI, quando ficou em 0,93%. Desde então, ele recuou no IGP-10, para 0,81%, e fechou o IGP-M em 0,76%.

No encadeamento dos IGPs, o IPC ainda sobe. Veio de 0,69% no fechamento de dezembro para 0,76% no IGP-10 e agora ficou em 0,87%. Mas esse índice, no IGP-M de 2013, foi maior e registrou alta de 0,98%.



Veículo: Valor Econômico


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