Cestas turbinam receita do varejo

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Com alta nas vendas corporativas, rede projeta registrar seis meses de faturamento apenas no mês de dezembro

 

O mês de dezembro, considerado o melhor do ano para as redes de varejo, é motivo de festa também para lojas que, nessa época do ano, investem na venda de cestas de Natal.O mercado corporativo acaba impulsionando o melhor de sempenho de varejistas que conseguem muitas vezes em um mês apenas faturar o equivalente a seis meses de funcionamento.

No Rio de Janeiro, a rede OLidador, uma das mais conhecidas dos cariocas que procuram produtos de alta qualidade,prevê a venda de 20 mil cestas até o final deste mês.
A mais cara, com 105 itens, custa nada menos que R$ 17.950. Há 89 anos no ramo, a empresa tem uma vasta clientela que vai de grandes corporações, como instituições financeiras,
a profissionais liberais.

“O Natal representa muito para a companhia. Os resultados em dezembro equivalem a seis meses de vendas regulares nas lojas”, diz Joaquim Cabral, proprietário
da rede.Hoje, a bandeira conta com14 lojas, contando as filiais de rua e as menores, em shoppings. Mas a sede, na Rua da Assembléia, 65, no Centro do Rio, está temporariamente fechada.Os antigos prédios, nos números65e 67, serão demolidos.[

Ali será erguido a Torre Lidador, com14 andares, que terá uma unidade da octogenária no térreo do edifício. A obra fica pronta daqui a dois
anos.Enquanto isso,a loja mais antiga
se muda para aRua1º de Março, esquina com Buenos Aires, também no centro da cidade.

A tradicional Casa Santa Luzia, em São Paulo, começou a produzir as cestas de Natal na década de 50 e foi uma das pioneiras a apostar nesse filão. Em 1953, aconteceu a primeira venda importante para uma empresa: a Vemag—primeira indústria automobilística no país, representante da DKW alemã—, que comprou 354 cestas para presentear colaboradores e clientes. Hoje, as encomendas de cestas de Natal por empresas começa três meses antes da data e um terço do faturamento da Casa Santa Luzia é gerado por elas.

A perspectiva de crescimento das vendas de Natal para 2013 são de 3% a 5%ante 2012. As vendas corporativas representam 75% do que é comercializado. Um dos grandes clientes da Casa Santa Luzia é a siderúrgica Gerdau.

O segmento vai puxar também as vendas nos supermercados.

De acordo coma Associação Paulista de Supermercados (Apas), as vendas de alimentos típicos do período de festas crescerão 8% neste ano. Mas no Walmart Brasil a perspectiva com as vendas de cestas é mais do que o dobro do que o estimado pela entidade para a categoria.A rede projeta um crescimento de 20% nas vendas de cestas natalinas, com as seis opções que ela oferece aos clientes. O mesmo percentual é esperado pelo Grupo Pão de Açúcar para esta categoria de produtos.

Serão quatro tipos de cestas, entre elas uma somente com produto da marca própria Qualitá.Delicatessens também estão investindo no filão. A The Bakers tem cestas de todos os tamanhos.A mais cara custa R$ 449. Por R$ 262, a opção da importadora Casa Flora vem comitens como azeite e vinho português Duorum.



Veículo: Brasil Econômico


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