Itens do café da manhã ficam ainda mais caros

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O que a dona de casa já percebeu na hora de fazer o supermercado foi atestado pela pesquisa da inflação

 



Não é de hoje que o setor de alimentos e bebidas desponta como um dos principais vilões da inflação de Fortaleza, mas nos últimos meses alguns produtos específicos têm chamado atenção, por conta de seus sucessivos reajustes. Trata-se dos itens básicos que compõe a cesta do café da manhã. Em outubro, por exemplo, o pão, o café e o leite ficaram mais caros na Capital cearense, deixando assim a refeição matinal mais pesada no bolso dos consumidores.

As informações têm como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) deste mês, que é uma prévia da inflação oficial medida mensalmente pelo IBGE.

De acordo com o indicador, 3,14% foi a alta do pão francês - o popular "carioquinha" - em Fortaleza, elevação essa superior ao reajuste nacional, de 2,62%. O café moído e o leite longa vida vendidos na Capital também registram inflação superior à média nacional, com altas de 2,48% e 2,14%, respectivamente. A maior alta entre os itens utilizados na refeição matinal, porém, ficou com o achocolatado em pó, que subiu 4,32% em Fortaleza, sendo essa a maior elevação entre todas as cidades brasileiras pesquisadas pelo IBGE.

O queijo foi outro produto que ficou mais caro neste mês, já que apresentou inflação de 0,94% na Capital cearense.De acordo com o economista Alex Araújo, a alta dos produtos da cesta do café da manhã tem várias explicações.

Seca e dólar

"No caso do leite e seus derivados, como o queijo, os preços elevados são reflexo das fortes secas que o Nordeste vem vivenciando nestes últimos anos. A falta de chuvas torna a criação do rebanho mais difícil e, consequentemente, mais cara para os produtores, que acabam repassando esse custo para os consumidores", afirma.

Sobre a majoração dos pães, o economista atribui o reajuste ao valor da moeda americana. "Uma boa parte do trigo usado no Ceará é importado e, como o dólar subiu bastante ao longo deste ano, era previsível um reajuste", comenta Araújo. "O câmbio já não está tão pesado como antes, mas isso não será sentido a curto prazo. Se houver redução nos preços, só será daqui a alguns meses", complementa.

Em baixa

Apesar de ter registrado alta nos itens considerados básicos para o café da manhã, Fortaleza também apresentou deflação em produtos importantes para a refeição matinal.O açúcar cristal, por exemplo, caiu 4,12% neste mês na capital cearense, enquanto nacionalmente obteve uma elevação de 0,03%. O presunto também ficou mais barato em outubro, com queda de 2,66%.

Bastante apreciada para acompanhar um pão pela manhã, a mortadela foi outro item que pesou menos no bolso dos consumidores de Fortaleza, com queda de 1,76%.A manteiga, com uma redução de 1,38%, e o ovo de galinha, que caiu 1,01%, foram outros destaques.



Veículo: Diário do Nordeste



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