Soja deve garantir renda no setor de arroz

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As máquinas estão no campo para o plantio da safra 2013/14 de arroz no Sul. O balanço da safra que termina é de boa renda para o produtor e o cenário para a nova safra, por ora, não será diferente.

A avaliação é de Claudio Pereira, presidente do Irga (Instituto Riograndense do Arroz). A renda virá, no entanto, se o produtor mantiver a rotação de cultura do arroz com soja e milho. Esses dois últimos dão liquidez para o produtor no período da colheita do arroz, reduzindo a necessidade das vendas do cereal na "boca" da safra.

Foi o que aconteceu nesta safra que se encerra. "Os preços foram menos voláteis e variaram de um mínimo de R$ 30 por saca a um pico de R$ 37", diz Pereira. Em 2012, os limites de variações foram de R$ 24 a R$ 40 por saca.

O presidente do Irga adverte, no entanto, que os custos devem subir na nova safra. A pressão virá de insumos agroquímicos, da energia e de combustíveis.

Com isso, o produtor deverá buscar mais eficiência no manejo e na adubação das culturas, uma vez que "a produtividade basicamente já bateu no teto ao atingir de 7.500 a 8.000 quilos por hectare", diz ele.

O mercado interno é o grande trunfo dos produtores brasileiros. As exportações, que atingiram 1,5 milhão de toneladas no ano passado, deverão ficar entre 700 mil e 800 mil toneladas neste ano.

Os números do IGC (Conselho Internacional de Grãos) indicam que as negociações mundiais de arroz não evoluem e estão paradas em 37 milhões de toneladas.

O arroz, cuja produção mundial atinge 474 milhões de toneladas, é um dos produtos com o menor volume transacionado mundialmente. "Os países que vivem das exportações nesse setor estão encontrando dificuldades", afirma Pereira.

Os produtores do Rio Grande do Sul, Estado de maior importância nessa cultura, deverão semear uma área de 1,1 milhão de hectares nesta safra, 2% mais que na anterior. A produção poderá atingir 8,4 milhões de toneladas, 5% superior a de 2012/13.

A evolução maior da produção, em relação à da área, deverá vir de uma melhora na produtividade e no clima, aponta Pereira.




Veículo: Folha de S. Paulo


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