Na Alpargatas, projeções são positivas

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Apesar de os indicadores macroeconômicos não serem bons, o presidente da fabricante de calçados Alpargatas, Márcio Utsch, tem uma expectativa positiva em relação ao desempenho da empresa na segunda metade do ano.

O executivo prevê que a companhia continuará ganhando participação de mercado. "Em momentos em que o mercado está recessivo, as marcas líderes se destacam", afirma Utsch.

Dona de marcas de calçados como Havaianas, Dupé, Mizuno, Topper e Rainha, além da grife de moda Osklen, a Alpargatas registrou lucro líquido de quase R$ 70,5 milhões no segundo trimestre, com alta de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

A receita líquida da companhia, na mesma comparação, cresceu 14,3%, para R$ 831,1 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) alcançou R$ 100,3 milhões, aumento de 35,54%.

Houve expansão de quase dois pontos percentuais na margem Ebitda. De acordo com Utsch, a melhora do indicador de rentabilidade no segundo trimestre é efeito dos projetos de ampliação de produtividade nas fábricas e na área logística, menor custo médio da borracha e forte controle sobre as despesas com vendas, gerais e administrativas.

De abril a junho, os custos da Alpargatas aumentaram 15,7% na comparação anual, enquanto as despesas operacionais cresceram 7,5%, abaixo do ritmo de avanço da receita no período.

O executivo destaca o desempenho da companhia no mercado interno, onde as vendas cresceram 18% no trimestre, para R$ 548,8 milhões. Segundo Utsch, o segmento de esportivos puxou a expansão dos volumes vendidos, com alta de mais de 27% sobre o mesmo período do ano passado.

O negócio de sandálias, por outro lado, apresentou uma retração de 0,3% nos volumes em relação a um ano antes. O executivo diz que a pequena queda na quantidade de pares de sandálias vendidas foi reflexo das manifestações de junho e da atual restrição de capacidade produtiva da marca Havaianas. Sazonalmente, o segundo trimestre representa o período mais fraco do ano para o negócio de sandálias no Brasil.

A expectativa, segundo o executivo, é que o ritmo de evolução das vendas de Havaianas se acelere no segundo semestre. A nova fábrica de Montes Claros (MG), construída pela companhia para solucionar o problema de incapacidade de atendimento pleno da demanda, já começou a produzir em junho. No entanto, apenas em outubro a unidade deve alcançar seu máximo potencial.

Fora do Brasil, o principal destaque positivo nos resultados da companhia foi o desempenho na Argentina, diz Utsch. Puxada pelas vendas de calçados Topper, a receita líquida no país aumentou 15,7% no segundo trimestre, para R$ 158,9 milhões, após um fraco desempenho nos três primeiros meses do ano. "A crise na Argentina não passou, mas já conseguimos voltar a apresentar os resultados que tínhamos lá um ano e meio atrás", afirma o executivo.

As vendas das operações diretas nos EUA e na Europa, somadas às exportações, caíram 1,4%, para R$ 123,4 milhões.



Veículo: Valor Econômico


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