Comércio otimista com festas juninas

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Supermercadistas mais cautelosos.

O comércio de Belo Horizonte está otimista em relação às vendas dos produtos típicos de festa junina neste ano. Estudo divulgado ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas) revela que a maior parte dos entrevistados, 64,1%, espera vendas melhores, na comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento deve ser de 10% para 51,8% dos entrevistados, enquanto os empresários mais otimistas somam 33,9% e fazem previsão de crescimento de até 20%.

Apesar de todas as incertezas que rondam a conjuntura econômica, 76,8% dos empresários continuam investindo com o objetivo de alavancar as vendas no período. Entre as estratégias adotadas para atrair o consumidor está o aumento da visibilidade da loja (42%), preços promocionais (28,4%) e propagandas e diversificação do mix de produtos (11,1%). Os produtos que mais atraem o público é a canjica (26,1%), artigos de decoração (25,2%), amendoim (23,5%) e fantasias (17,6%).

No entanto, alguns fatores podem fazer com que as boas perspectivas não se concretizem. Entre os motivos apontados está o elevado índice de endividamento do consumidor, para 33,3%. Já 32,2% acreditam em concorrência acirrada e 25,3% em preços elevados dos produtos. As obras, que tumultuam o centro da Capital, e com isso ajudam a afastar o comércio, foram lembradas por 9,2% dos empresários.


Supermercados - A Associação Mineira de Supermercados (Amis) revela que os supermercados esperam aumentar a venda de produtos típicos nessa época em até 6,5% em relação ao ano passado. Segundo pesquisa da entidade, 85% afirmaram que vão investir em ações específicas para o período, como a montagem de barraquinhas típicas com produtos no interior da loja e exposição na ponta das gôndolas. A previsão considera não somente itens como amendoim, canjica e pipoca, mas também copos, talheres e pratos descartáveis, bebidas quentes, sopas, canela, mel e outros ingredientes para caldos.

Contudo, nem todos os supermercados sentiram qualquer impacto até agora. O 2B Bom e Barato, com sede no bairro Prado, na região Oeste, afirma que, embora a procura pelos produtos típicos da festa junina cresça até 200% em relação a um período comum, a demanda é estável frente aos exercícios anteriores. "Os indicadores econômicos indicam que os negócios neste ano, de maneira geral, devem ficar estáveis, sem que haja grandes variações", explica o proprietário do estabelecimento, Gilson de Deus Lopes.

A mesma sensação é compartilhada no Super Nosso, com 14 lojas espalhadas entre capital e região metropolitana. Em nota, o grupo afirmou que vendas empatam com 2012 e que o mix de produtos oferecidos aos clientes não teve qualquer diversificação.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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