Emprego registrado cresce e ocupa lugar da informalidade

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Em dois anos, número de trabalhadores com carteira assinada subiu 11%; crédito estimula regularização

Taxa de desemprego manteve-se em 5,8% em abril, a menor para o mês desde o início da série do IBGE, em 2002

Aos poucos, o emprego informal está saindo de cena. O mercado de trabalho das maiores metrópoles do país passa por um processo de transformação em que os postos formais ganham espaço, dizem especialistas.

Dados da pesquisa mensal de emprego do IBGE reforçam essa tendência. Em abril, o número de empregados com carteira assinada no setor privado aumentou 3,1% na comparação com o mesmo mês de 2012 --ou 342 mil novos postos. Já o total de trabalhadores sem registro caiu 5,8%.

Considerando um período mais longo, entre 2010 e 2012, o aumento acumulado do emprego formal foi de 10,8%, enquanto o de empregados sem carteira assinada caiu 9%.

"Há uma redução expressiva no contingente de trabalhadores sem carteira. É a informalidade saindo de cena", afirma Cimar Azeredo Pereira, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Entre os fatores apontados pelos especialistas para esse processo, estão mais fiscalização e o forte crescimento econômico nos últimos anos --abortado em 2011 e 2012.

Carlos Henrique Corseuil, do Ipea, diz ainda que a expansão do crédito para as empresas contribuiu.

"Quando as pequenas empresas buscam financiamento, precisam apresentar informações que as deixam mais vulneráveis a fiscalizações."

Apesar da redução da informalidade, cerca de 10% dos empregados ainda não têm registro.

DESEMPREGO

Após ter atingido o menor nível para o mês de março em 11 anos, a taxa de desemprego manteve-se em patamar baixo em abril --5,8%. Foi novamente um recorde para o mês desde o início da série do IBGE, em março de 2002.

A taxa indica situação de "quase" pleno emprego. Por outro lado, a população ocupada caiu pelo quinto mês consecutivo em abril.

"Temos um mercado de trabalho neste ano com menos força do que em 2012", afirma Pereira.

Além disso, houve crescimento dos ocupados em nível inferior ao da população em idade ativa pela primeira vez desde janeiro de 2011.

Ou seja, o aumento de vagas não foi suficiente nem sequer para cobrir o crescimento vegetativo do total de pessoas que já têm idade para trabalhar.



Veículo: Folha de S.Paulo


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