Com benefício, vendas podem crescer até 10% em 2013

Leia em 2min 20s

Os fabricantes de fogões, geladeiras e lavadoras de roupa estavam sorridentes ontem no fim do dia, depois de ouvir o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciar a prorrogação de benefícios fiscais que ajudaram as vendas do setor a crescer entre 15% e 20% neste ano.

"O setor está satisfeito", disse ontem à noite Lourival Kiçula, presidente da Eletros, que reúne as empresas de eletrodomésticos. O governo vai manter, até 31 de janeiro de 2013, o IPI zerado para fogões e para tanquinhos (lavadora de roupa semi-automática). As alíquotas mais baixas de IPI até 31 de janeiro vão permitir vendas mais tranquilas por parte do varejo, sem uma eventual correria, se o benefício terminasse neste mês.

Depois disso, a alíquota do fogão sobe gradualmente para 4% a partir de julho. "Ainda é baixa", diz o vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da Whirlpool, Armando Valle, Para o tanquinho, ele acredita que haja espaço para renegociar com o governo pois o plano é ter uma alíquota de IPI de 2% de fevereiro a junho e a partir de julho, de 10%. "Não faz sentido ter 10% para tanquinho", diz ele.

O executivo faz a comparação com as alíquotas previstas para a lavadora automática, mais cara do que o tanquinho, que deve ficar permanentemente em 10%. Segundo a Eletros, foram vendidos 6,6 milhões de fogões neste ano (aumento de 20% sobre 2011) e 3,5 milhões de tanquinhos (16% mais). Os brasileiros compraram 7,2 milhões de geladeiras neste ano e cerca de 5 milhões de lavadoras de roupa, com aumento de 16% e de 19%, respectivamente.

As vendas da Whirlpool, a maior fabricante de linha branca do país, com as marcas Brastemp e Consul, também crescem entre 15% e 20% neste ano, dependendo do tipo de produto. "As vendas estiveram bem aquecidas ao longo do ano", disse Valle.

Além do IPI menor, o setor de linha branca também entrou no programa de desoneração da folha de pagamento e poderá se beneficiar disso a partir de janeiro de 2013. Isso significa que as empresas podem substituir a contribuição patronal para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de 20% sobre a folha salarial por uma alíquota de 1% sobre o faturamento.

O programa Reintegra, que beneficia empresas exportadoras sob a forma de crédito tributário ou dinheiro vivo, em valor equivalente a até 3% do faturamento, também vai ter impacto positivo nas contas da Whirlpool. Esta é dona da Embraco, que produz compressores de geladeira e exporta 70% da produção.

Perguntado se esse novo pacote de benefícios pode resultar em preços mais baixos para o consumidor, Valle respondeu que o setor enfrenta forte pressão de custos por parte de insumos (cobre, alumínio e aço) e salários mais altos dos empregados.



Veículo: Valor Econômico


Veja também

Vigor planeja fazer aquisições para entrar no Nordeste e no RS

A fabricante de lácteos Vigor planeja entrar nos mercados do Nordeste e do Rio Grande do Sul por meio de aquisi&c...

Veja mais
Empresas se preparam para os pedidos de ceia de Natal

Neste período de festas de fim de ano muita gente se prepara para viajar e não quer se preocupar em prepar...

Veja mais
Santa Catarina estima perda de 30% da maçã

Associação dos Produtores de Maçã prevê queda de 30% da safra. A colheita da maç...

Veja mais
Mercado brasileiro de arroz continua em queda livre

Os preços do arroz continuam em queda no mercado gaúcho, conforme levantamentos do Cepea. Entre 11 e 18 de...

Veja mais
Vigor amplia distribuição e espera atingir receita de R$ 7 mi

A fabricante de alimentos Vigor focará sua expansão nos próximos quatro anos na ampliaç&atil...

Veja mais
Mercado de feijão apresenta demanda retraída

Compradores pressionam em busca de preços inferiores aos cotados, porém não obtiveram sucesso diant...

Veja mais
Cemil inaugura expansão em Patos

Ao longo dos últimos três anos foram investidos na unidade do Alto Paranaíba cerca de R$ 76 milh&oti...

Veja mais
J&J reforça marca Sundown

Para aproveitar a alta na demanda por protetor solar durante o verão, a Johnson & Johnson reforça o po...

Veja mais
Governo dá mais dois anos de proteção a brinquedos

O governo federal concedeu ontem mais dois anos de proteção aos fabricantes de brinquedos e produtores de ...

Veja mais