Alternativa ao fosfato protege a vida aquática

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AkzoNobel disponibiliza no Brasil matéria-prima sustentável para a fabricação de detergentes em pó, criada em seu centro de desenvolvimento nos EUA



Três fabricantes de sabão em pó no Brasil analisam substituir o fosfato por polímero híbrido em seus produtos

A AkzoNobel, multinacional holandesa que fabrica produtos químicas, desenvolveu uma nova tecnologia para dispensar o uso do fosfato na composição dos detergentes em pó. Este componente vem sendo evitado pelos fabricantes pois sua retirada do meio ambiente causa o aumento do número de algas, fato que gera a redução no nível de oxigênio da água, afetando o equilíbrio da vida aquática.

Por isso, a AkzoNobel descobriu em seu centro de desenvolvimento nos Estados Unidos uma forma de substituir o fosfato por polímeros híbridos, que têm 70% de sua composição proveniente de fontes renováveis, como o amido de milho. Em dois anos, com mais pesquisa, a empresa espera que este percentual atinja os 100%.

A novidade agora está disponível no Brasil e será produzida na fábrica da empresa holandesa localizada em Santo André (SP). Segundo o gerente da unidade de especialidades químicas, Fábio Borges, três fabricantes que têm produção no Brasil estão em processo de validação do uso do polímero na composição de seus detergentes em pó.

A tecnologia, que é fruto de cerca de cinco anos de pesquisa nos Estados Unidos, também foi adotada recentemente por clientes da AkzoNobel na Europa e Ásia.

Estratégia

Segundo a empresa, para cada para cada tonelada de polímero produzido, é possível deixar de emitir uma tonelada de gás carbônico na atmosfera, por conta da utilização de fontes renováveis. O próximo passo será levar essa tecnologia para a fabricação de outros tipos de produtos como tintas. “Também é possível utilizar o polímero híbrido para o tratamento de água”, explica Borges.

As novas aplicações, no entanto, ainda estão em desenvolvimento na AkzoNobel, sem previsão para serem disponibilizadas no mercado. Com o foco em recursos renováveis, a companhia holandesa pretende ter 30% de sua receita proveniente de produtos sustentáveis, como o polímero híbrido, até 2015. A multinacional tem faturamento mundial de aproximadamente ¤ 15 bilhões e opera em mais de 80 países.


Veículo: Brasil Econômico


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