Pernambuco atrai mais 15 empresas

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Atraído por um mercado em expansão, o do Nordeste, e por incentivos fiscais e tributários, além de facilidades logísticas, um grupo de 15 empresas firmam hoje em Recife, com o governo pernambucano, cartas de intenção de investimentos no Estado. Ao todo, o pacote de propostas de empresas de vários setores soma quase R$ 800 milhões e prevê gerar 3,3 mil empregos diretos.

As propostas de investimentos vão abranger vários municípios: desde Ipojuca, que abriga o complexo industrial portuário de Suape, aos de Timbaúba, conhecido como terra dos calçados, e de Goiana, na Zona da Mata Norte, que já conta com um polo farmacoquímico. Goiana, no norte, ganhou expressão com a ida da nova fábrica da Fiat para lá.

Em Suape estão com planos de se instalar as operadoras de logística Tegma, JSL (grupos Júlio Simões) e Shipserv no vizinho município de Cabo. Ipojuca vai abrigar a ABB Turbochargers Compressores, especializada na manutenção de motores para navios.

Juntas, essas quatro indústrias deverão investir R$ 104 milhões, sendo R$ 50 milhões apenas da JSL. A empresa de logística confirmou ontem que firmaria a carta de intenção de investimento.

Do pacote, informou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Júlio, o maior aporte de recursos será da WHB Fundição, fabricante de autopeças do Paraná. Com investimento de R$ 300 milhões, a empresa planeja instalar uma fábrica em Glória do Goitá, gerando cerca de 1 mil empregos. Procurada, a fabricante confirmou a assinatura do memorando hoje.

Para Jaboatão, na região metropolitana do Recife, tem plano de ir a Bettanin, especializada em utensílios domésticos e produtos para limpeza. O investimento é de R$ 80 milhões. A gaúcha Dell Anno, de móveis modulados, escolheu a cidade de Moreno, onde prevê aplicar R$ 61 milhões.

O secretário disse que os incentivos fiscais que Pernambuco oferece a quem quer investir no Estado são nos mesmos padrões de outros estados do Nordeste, por meio de leis estaduais: redução do ICMS, do IPTU - por alguns anos - e, em alguns casos, cobrança da taxa mínima de ISS, que é de 2%. "Além disso, temos boa posição geográfica, infraestrutura rodoviária e portuária e pessoal capacitado". Ele menciona ainda os federais especiais no Imposto de Renda e taxas de financiamentos diferenciadas.

Em Goiana, cinco empresas têm planos de se instalar no polo farmacoquímico: Hair Fly, Imbesa-Rishon (cosméticos), Ionquímica, Multisaúde Farmacêutica e AC Diagnósticos. Ao todo, com investimentos de R$ 62 milhões.

Timbaúba deverá abrigar a Alka Negócios, numa fábrica de solados e artefatos de borracha. Já para, Bonito, no agreste meridional, planeja ir a SAN Indústria de Águas e Bebidas, com uma fábrica de refrigerantes e bebidas e energéticos. A Sonobom de colchões, escolheu Ribeiro, na Zona da Mata Sul.

"Essa diversificação de localidades é saudável para Pernambuco", ressaltou o secretário. A região do porto de Suape é a grande concentradora hoje, com um estaleiro e dois em implantação, a refinaria Abreu e Lima, uma futura siderúrgica, a fábrica de aerogeradores da Impsa. "Já temos 89 empresas em operação e 45 em implantação no polo de Suape".

Para atender esse complexo industrial, como empresas da cadeia de navipeças que supririam os estaleiros com componentes diversos para a montagem de navios e embarcacões, o governo pernambucano busca atrair fabricantes e prestadoras de serviços de pequeno e médio porte.

Com uma economia que cresce acima da média brasileira, segundo o secretário - 5,2% em 2009, 9,3% no ano passado e 5,7% no primeiro semestre -, ele diz dispor de um variado cardápio de oportunidades de negócios. É o que buscará mostrar aos participantes do "Pernambuco Petroleum Business", encontro internacional que vai promover com o IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis de 18 a 20 de outubro no balneário turístico de Porto de Galinhas (PE), que fica próximo de Suape.

Os investimentos na região são elevados. Só da Petrobras, com a refinaria Abreu e Lima (US$ 13,4 bilhões) e o complexo petroquímico de Suape chegam a US$ 20 bilhões. Júlio destaca que o polo naval local já concentra 50% das encomendas de navios e plataformas contratadas no Brasil, devendo receber boa parte dos US$ 224 bilhões de encomendas da Petrobras nos próximos cinco anos.


Veículo: Valor Econômico


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