Endividamento de famílias manauaras cresce em setembro

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O nível de endividamento das famílias manauenses cresceu de 14% para 15% na passagem de agosto para setembro, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus).

No país, o índice subiu 0,2 ponto percentual no mesmo período, atingindo 58,2%, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira (28) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag, o nível de endividamento no Amazonas é considerado pequeno, uma vez que a média razoável é de 25%.

Segundo ele, este índice não está literalmente atrelado ao de inadimplência, uma vez que é medido a partir do volume de compras parceladas. “Com as dificuldades na economia, as famílias estão comprando mais a prazo no país inteiro”, disse.

Quanto a inadimplência, o Amazonas, conforme Assayag, está em 4 pontos percentuais, um volume considerado alto diante da média histórica do Estado, que varia entre 3,1 a 3,2%.

Já no país, esse índice cuja média é 5,8%, o número passou de 9,4%, em agosto, para 9,6, em setembro, de acordo com os dados da CNC.

Em ambos os casos, os números são bem superiores aos 8,6% das famílias que se diziam inadimplentes em setembro de 2015.

A industriária Sirlande Melo, 26, não tem cartão de crédito, mas dívidas parceladas é o que não lhe faltam, principalmente de compras de eletrônicos e confecções.

Segundo ela, entre as dívidas, há algumas mais difíceis de manter as parcelas em dia. “Dívida é o que não falta na vida da gente. Algumas conseguimos pagar direitinho, mas tem outras que nós atrasamos por conta de outras prioridades que surgem no meio do caminho. E o que mais pesa nos atrasos são os juros muito altos”, disse.

A auxiliar-administrativo Camila da Silva Ribeiro, 28, não tem dívidas parceladas em cartão de crédito porque conseguiu se libertar deles no ano passado. A única dívida que pesa no momento para ela, que a deixa na condição de inadimplente, é o atraso de três meses nas mensalidades da faculdade. O atraso veio com a necessidade de manter em dia as contas de luz, internet, babá e transporte escolar dos filhos.


Fonte: Jornal Em Tempo


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