Melhora percepção para a inflação no curto prazo

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São Paulo - Os analistas e os consumidores estão um pouco mais otimistas com relação à inflação nos próximos meses. Contudo, as taxas esperadas ainda estão acima da meta de 4,5% estabelecida para o fechamento de 2016 e de 2017.
 
No caso do mercado financeiro, o relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), mostrou que os especialistas consultados pela autoridade diminuiriam sua previsão para a inflação tanto para este ano quanto para o próximo, mediante o documento anterior.
 
Influenciados pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de setembro, na semana passada, os analistas revisaram de 7,34% para 7,25%, a expectativa para este ano. E de 5,12% para 5,07%, para 2017.
 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, na última quinta-feira, que o IPCA-15 - considerado uma prévia do IPCA - relativo a setembro foi de 0,23%, a menor taxa para meses de setembro desde 2009.
 
Já com relação aos consumidores, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou, também ontem, que, neste mês, a mediana das projeções para a inflação nos próximos 12 meses manteve-se estável em 9,8%. Esta é primeira vez que o indicador fica dois meses consecutivos abaixo da marca dos 10% desde julho de 2015.
 
"Tanto as expectativas dos especialistas quanto dos consumidores iniciaram movimento de queda em março deste ano. Mas a desaceleração medida em pontos nesse período mostra um impacto relativo mais intenso entre especialistas que entre consumidores. A estabilidade deste mês confirma uma aparente resistência dos consumidores que pode estar atrelada a uma persistência da alta dos preços dos alimentos até o mês passado, embora existam sinais de acomodação ao longo de setembro", afirma a economista Viviane Seda Bittencourt, da FGV/Ibre, em nota.
 
Na comparação entre classes de renda, as respostas não foram homogêneas. Para os consumidores com renda familiar acima de R$ 9.600, a inflação prevista vem se reduzindo há sete meses consecutivos. Entre os consumidores de menor poder aquisitivo, essa perspectiva vem se mantendo nos últimos três meses. Para os consumidores com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800, a tendência não é tão evidente e o indicador tem oscilado bastante; enquanto entre os que ganham entre R$ 4.800 e R$ 9.600, a expectativa tem se mantido em torno de 10%.
 
Segundo o levantamento, considerando-se a distribuição de respostas, a proporção dos consumidores pesquisados que esperam inflação superior a 10% nos próximos 12 meses caiu de 34,7% para 34,3%. Houve aumento da proporção dos que esperam inflação entre a meta (de 4,5%) e o limite superior de tolerância (6,5%), de 5,3% para 6,7%; e da proporção dos que preveem inflação entre 6,5% e 9,0%, 35,1% para 36,2%.
 
Indicador de preços

 
Ainda ontem a FGV divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que na terceira leitura do mês registrou variação de 0,18% - 0,09 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na última apuração - apresentou decréscimo em cinco das sete capitais pesquisadas.
 
Em Salvador, o indicador passou de 0,25% para 0,19%; em Belo Horizonte, desacelerou de 0,16% para 0,06%); no Rio de Janeiro, foi de 0,19% para 0,10%; em Porto Alegre, caiu 0,28% para 0,10%; e em São Paulo fechou em 0,26%, ante 0,38%. O índice calculado pela FGV subiu em Recife (0,23% para 0,27%) e em Brasília (0,23% para 0,33%).
 
Fonte: DCI


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