Ceia da Páscoa está entre 10% e 15% mais cara

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O aumento de preços de itens importados como bacalhau, vinhos, azeite e alguns tipos de chocolates, causado pela alta do dólar, exige atenção e paciência na hora de fazer as compras para o almoço de Páscoa este ano. A estimativa é que, juntos, esses quatro produtos tenham subido entre 10% e 15% em relação ao mesmo período de 2014

 

 



E, dessa vez, não adianta muito correr para as marcas nacionais. A elevação da gasolina e da energia elétrica também está provocando alta nos alimentos e bebidas produzidos dentro do Brasil. Os produtores do Vale São Francisco já anunciaram que o setor não consegue mais absolver os custos com as contas de luz. Sobra aos consumidores tentar fugir de uma Sexta-feira Santa e cara.

Maurício Andrade Lima, diretor comercial da Casa dos Frios, ressalta que as distribuidoras e os supermercados ainda estão conseguindo segurar alguns preços. Mas não há garantias para os próximos meses. “Temos estoque de produtos como bacalhau, vinhos, então não aumentamos esses preços. Em alguns casos, que já compramos com um valor maior, estamos tentando absorver para não assustar os consumidores. Ele aconselha que os consumidores antecipem compras para economizar.

José Gualberto, presidente da Valexport, concorda. “A Aneel já anunciou um aumento de 40% até o final do ano. Junto a isso, pagamos em dólar pela rolha, pela embalagem, pelos defensivos agrícolas. Quem vai conseguir absorver tudo? Nos próximos dias, infelizmente, deverá haver reajustes nos vinhos do Vale”, adianta.

Para a corretora de imóveis Márcia Costa Pinto, uma saída da carestia é a substituição de itens. Segundo ela, o bacalhau, cujo quilo varia de R$ 72 a R$ 38 nos supermercados RM Express, pode perfeitamente ser substituído pelo filé de Dourado, que custa R$ 17,90 (quilo). “Os preços aumentaram, mas os consumidores podem resistir. Temos que ter paciência para pesquisar entre lojas e produtos diferentes.

A criatividade ajuda. Uma coisa que já fiz quando minha filha era pequena foi dar bombons ao invés de ovos de Páscoa. Já o militar Luís Botelho afirma que ainda não sentiu diferença nos preços. “Pesquisando, dá para encontrar vinhos com os mesmo valores do Natal.”

Nas redes varejistas, a negociação em grandes volumes diminui o impacto da valorização do dólar. Importando 650 toneladas, o grupo Pão de Açúcar, que inclui o Extra, promete manter os preços semelhantes aos de 2014 e, com isso, crescer 15% em vendas em relação ao ano passado. “Nossa negociação busca trazer o menor impacto ao cliente”, diz o gerente comercial do grupo, Marcos de Freitas.




Veículo: Diário de Pernambuco


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