Taxa de inadimplência no varejo de BH tem leve alta

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Nível de endividamento das famílias encerrou fevereiro em 58,8%

 



A taxa de inadimplência do consumidor de Belo Horizonte aumentou 0,3 ponto percentual em relação a janeiro, saindo de 6,6% para 6,9% da população em fevereiro. Quando comparado com igual mês do ano passado, a alta foi ainda maior e chegou a 2,4 pontos percentuais, já que no segundo mês de 2014, o nível de calote na Capital era de 4,5%.

Foi o que detectou a Pesquisa de Endividamento do Consumidor (PEC), divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas). O nível de endividamento das famílias encerrou o segundo mês deste exercício em 58,8%. Em janeiro, esse número havia sido 57,3% e em igual período do ano passado 51,6%.

De acordo com a supervisora de Estudos Econômicos da entidade, Luana Oliveira, o maior endividamento das pessoas já era esperado, tendo em vista o comprometimento da renda provocado pelos tradicionais compromissos financeiros do início do ano. Quanto à inadimplência, ela destaca a relação com o desaquecimento econômico nacional e à falta de planejamento das famílias.

"O cenário não é favorável e as pessoas precisam organizar suas finanças para que a situação não piore. Os compromissos financeiros desta época como pagamento de impostos e compra de materiais escolares existem, são inevitáveis e muitos consumidores optam pelo parcelamento, mas há gastos que podem ser evitados", explica.

Luana Oliveira se refere ao fato de o cartão de crédito seguir como o principal vilão dos problemas na vida financeira dos consumidores. Conforme a pesquisa, o comprometimento da renda com o chamado "dinheiro de plástico" representou 67,7% neste mês, seguido pelos cartões de loja (9%), e o empréstimos em banco (4,3%). Além disso, os carnês de lojas representaram 0,7% do total dos compromissos financeiros.

Também segundo o levantamento, os compromissos financeiros absorvem até 10% e 30% da renda familiar de 30,2% dos entrevistados, indicador abaixo dos 35% apurados na pesquisa anterior. Os consumidores que afirmaram ter a renda comprometida entre 10% e 30% corresponderam a 24,5% do total de entrevistados.

Atraso - O número de consumidores com dívidas em atraso em Belo Horizonte apresentou recuo em fevereiro. O índice correspondeu a 10,4% no mês passado ante aos 13,6% registrados em janeiro. Em relação aos dias de atraso, 45,9% dos consumidores responderam ser menos de 30, 32,4% entre 30 e 60 dias e 13,5% mais de 90 dias.

O motivo líder dos atrasos é a falta de planejamento com 75% das respostas, sendo esse item recorrente na pesquisa e bem distante dos demais citados pelos entrevistados. Do total de pessoas com contas pendentes, 61,8% planejam saldá-las em até 90 dias, índice superior ao apurado na última pesquisa, 55,9%. A supervisora destaca que intenção de quitá-las em curto prazo representa cuidado com o cadastro negativo, sendo assim motivo de preocupação e maior planejamento do orçamento familiar.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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