O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) registrou alta de 4,97% no mês passado ante janeiro
Depois de forte queda em janeiro, os preços dos produtos básicos que mais afetam a inflação no Brasil subiram em fevereiro. O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) registrou alta de 4,97% no mês passado ante janeiro.
De acordo com divulgação feita ontem pela autoridade monetária, ao longo de todo o ano passado o indicador subiu 5,47% e, em janeiro de 2015, recuou 5 14% também na margem. Segundo o BC, o IC-Br passou de 141,76 pontos no primeiro mês deste ano para 148,81 pontos em fevereiro. Com isso, o índice voltou a ser o mais alto desde dezembro do ano passado, quando estava em 149,44 pontos.
O IC-Br atingiu o patamar mais elevado da série histórica do Banco Central, iniciada em janeiro de 1998, em março do ano passado, quando estava em 151,90 pontos. Com comparações sempre na margem, em dezembro, houve queda do indicador de 1,24%, após três meses consecutivos de elevação: em setembro subiu 1,01%; em outubro, avançou 5,02% e, em novembro, cresceu 3,04%.
Nos últimos três meses encerrados em fevereiro, o índice registra queda de 1,66% e, em 12 meses, de diminuição de 0,71%. No acumulado do ano, há uma baixa de 0,42%. Já o indicador internacional de commodities, o CRB, subiu 4,75% na comparação mensal e 1,98% na trimestral. Em 12 meses se mantém em alta (6,81%), assim como no acumulado do ano (0,57%).
Componentes
Em fevereiro, houve avanço em todos os componentes do IC-Br. O destaque, de acordo com a divulgação foi, como no mês anterior, o grupo energia, mas em outra direção. Esses itens registraram forte alta, de 18,35%, na comparação mensal. Apesar disso, segue em baixa de 13,08% nos três meses encerrados no segundo deste ano.
Em 12 meses, o recuo desse grupo é de 25,50% e, no acumulado do ano, de 0,07%. Neste segmento, estão inclusos preços de gás natural, carvão e petróleo, que passou por um momento de forte recuo no mercado internacional.
Em encontro com jornalistas em dezembro, o presidente do BC, Alexandre Tombini, destacou que a queda do preço do petróleo no mercado internacional poderia ser positiva para o Brasil no curto prazo. Nos cálculos de Tombini feitos à ocasião, mantido o valor do barril entre US$ 55 e US$ 60, a balança comercial poderia economizar de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões este ano.
No caso dos preços de metais - alumínio, minério de ferro, cobre estanho, zinco, chumbo e níquel - o avanço em fevereiro foi de 4,19% na margem, enquanto no trimestre houve uma perda de 1,45%. Em 12 meses, a alta é de 4,80% e, no acumulado do ano, há uma retração de 0,20%.
Ainda sobre o mês passado, houve uma elevação de preços no segmento agropecuário. Itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, carne de porco, entre outros aumentaram 3,33% em fevereiro ante janeiro. No trimestre, há elevação de 0,58%, assim em de 12 meses (3,76%). No ano até fevereiro, no entanto, o indicador está negativo em 0,41%. /Estadão Conteúdo
Veículo: DCI