Em crise econômica, Brasil pode deixar de ser credor externo

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O Brasil está prestes a perder a condição de credor externo líquido, menção dada a países que possuem ativos em moeda estrangeira superiores ao tamanho da dívida externa. Nosúltimos anos, o volume das dívidas tomadas no exterior por empresas e pelo governo aumentaram de forma significativa

 

 



Enquanto isso, as reservas internacionais administradas pelo Banco Central (BC) — uma espécie de seguro do país para enfrentar choques globais — vêm caindo mês a mês. Dito de outra forma, o cobertor que poderia cobrir o buraco externo está ficando curto. E, se a tendência persistir, ainda em 2015 o Brasil pode deixar de ser considerado credor.

Dados levantados pelo Correio/Diario com base em estatísticas do BC dão a dimensão desse problema: Em 2011, no primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff, as reservas internacionais superavam em 18% a dívida externa bruta. Essa proteção até aumentou nos dois anos seguintes, sobretudo por causa do comportamento ameno do dólar.

Desde o ano passado, porém, a situação mudou. Em 2014, a relação caiu para 7%. Em janeiro passado, as reservas eram apenas 6% maiores que a dívida externa — o menor patamar em quatro anos. Uma outra conta, também do BC, traz um resultado ainda pior, de 3,8%. Nela, são considerados, além das reservas, também os dólares emprestados aos bancos, que, futuramente, voltarão para os cofres públicos, por meio de operações de recompra de moeda no mercado futuro (leilões de swap).



Veículo: Diário de Pernambuco


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