O consumidor brasileiro está otimista com a economia do país e acredita que a inflação e o desemprego irão recuar. O quadro foi apontado pelo Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), pesquisado pelo Ibope Inteligência em setembro. O indicador cresceu 1,3% neste mês em relação a agosto, atingindo 109,7 pontos.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), contratante da pesquisa do Ibope, a pontuação é a segunda maior para o índice neste ano, atrás apenas dos 113,9 pontos atingidos em janeiro. "O resultado de setembro parece confirmar a tendência de recuperação do indicador", diz a entidade.
A pesquisa mapeia o sentimento dos brasileiros sobre situação do país e as expectativas da economia, sendo que quanto maior o índice, mais otimista está o consumidor. Todos os indicadores do Inec apresentaram melhora em setembro. A expectativa em relação à inflação cresceu 2,5%.
Já para o desemprego o índice aumentou 1% na comparação com agosto. O brasileiro também se mostrou otimista quanto à confiança de melhora na renda pessoal, que registrou avanço de 0,7% em setembro. O índice de situação financeira melhorou, atingindo alta de 2,1% em relação ao avanço de 0,1% da pesquisa anterior.
O consumidor também se disse confortável em relação a uma melhoria no nível de endividamento, que cresceu 1,4% no mês passado. Houve também uma melhoria no índice de compras de bens de maior valor agregado (0,7%) em setembro sobre agosto. O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 11 e 15 de setembro.
Inadimplência - Já o índice da Serasa Experian que mede a inadimplência das empresas brasileiras caiu em agosto na comparação com julho, depois de um forte avanço no mês anterior, quando a Copa do Mundo e a atividade enfraquecida influenciaram significativamente os números. O indicador caiu 8,5% em agosto ante julho, depois de alta de 12,9% em julho ante junho.
Na comparação com agosto de 2013, a taxa de inadimplência do setor empresarial subiu 5,5%. No ano, ela também registra elevação, de 6,7%. Em nota, a Serasa Experian explicou que essa piora na comparação anual se deve "ao agravamento da conjuntura doméstica, caracterizada por recessão econômica e aumento do custo financeiro para as empresas".
Os títulos protestados e os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pela queda do indicador de inadimplência na margem, com variações negativas de 24,2% e 13,3%, respectivamente. As dívidas das empresas com bancos apresentaram declínio de 2,1% em agosto, enquanto as dívidas não bancárias, feitas por meio de cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, dentre outros, avançaram 1,8%.
Segundo a Serasa, o valor médio dos cheques sem fundos caiu 7,8% no acumulado de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o valor médio das dívidas com os bancos teve queda de 1,8%, enquanto os valores médios dos títulos protestados e das dívidas não bancárias subiram 7,8% e 6,4%, respectivamente, no período. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG