Embora a comercialização do varejo em Minas Gerais tenha caído 1% em julho em relação ao mês anterior, os índices nas demais bases de comparação ainda seguem positivos no Estado. Frente a igual mês do ano passado foi registrado avanço de 0,2%, no acumulado dos sete primeiros meses de 2014 alta de 3% e nos últimos 12 meses, de 2,5%.
Enquanto isso, no Brasil, já é observado recuo tanto na série com ajuste sazonal, de 1,1%, quanto na comparação com o mesmo mês de 2013, de 0,9%. Os demais índices nacionais foram aumento de 3,5% no acumulado do ano e de 4,3% nos últimos 12 meses.
Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O analista do IBGE Minas Antônio Braz de Oliveira e Silva chama atenção para o fato de que, desde setembro de 2013, os resultados positivos e negativos vêm se alternando no comércio do Estado. Ele cita também que, desde junho de 2012, quando os índices estadual e nacional encontravam-se no mesmo nível, o comércio estadual cresceu 0,3% contra 4,4% da média nacional.
"Os efeitos do desaquecimento econômico foram sentidos primeiramente em Minas Gerais. Mas, como os impactos para a média nacional estão ocorrendo com grande intensidade, já é possível observar retração em relação ao ano anterior. No caso do Estado, as oscilações têm sido observadas mês a mês. Nos últimos 11 meses apenas seis apresentaram resultado positivo em Minas", explica.
Setores - Na análise mensal, apenas três segmentos registraram crescimento nas vendas no comércio mineiro. A maior alta foi observada no setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico (15,5%). Logo em seguida apareceram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,8%).
Já as baixas foram puxadas por livros, jornais, revistas e papelaria (-14%), móveis e eletrodomésticos (-8,1%), tecidos, vestuário e calçados (-5,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-4,8%).
Entre janeiro e julho, período em que as vendas do comércio em Minas avançaram 3% sobre os primeiros sete meses do ano passado, os destaques ficaram por conta de outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,9%) e combustíveis e lubrificantes (3,7%). Por outro lado, os principais resultados negativos neste confronto foram observados em equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-17,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-4,9%).
Além disso, nos últimos 12 meses, quando a atividade no Estado registrou aumento de 2,5%, os destaques positivos também vieram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,1%). Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação foi o segmento que registrou o maior recuo neste tipo de comparação (-18,6%).
Na análise do comércio varejista ampliado, que abrange também veículos, motocicletas, partes e peças, além de material de construção, em Minas Gerais, observou-se diferença de comportamento, já que este apresentou resultados negativos em todas as bases de comparação em função das quedas nos indicadores da atividade de venda de veículos, motocicletas, partes e peças. Em julho frente ao mesmo mês do ano passado a baixa foi de 4,3%, nos primeiros sete meses de 1,1% e nos últimos 12 meses de 1,7%.
Veículo: Diário do Comércio - MG