Segundo Fecomércio, 51,3% dos consumidores cearenses não comprarão presentes no Dia dos Pais

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A pesquisa da Fecomércio mostra que a maioria dos entrevistados (27,2%) pretendem gastar no máximo até R$ 100 com presentes




Com a proximidade o Dia dos Pais, a Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE) divulgou a expectativa de compra dos cearenses para essa data comemorativa. A pesquisa aponta que 51,3% dos consumidores do Estado não comprarão presentes, enquanto 42,1% afirmam que irão presentear os pais. 6,6 ainda não se decidiram.

O percentual apresentado pela Fecomércio-CE aumenta quando considera a quantidade de entrevistados que irão comemorar o Dia dos Pais. 55,5% devem celebrar a data, enquanto 42% responderam que não irão celebrar.

A pesquisa da Fecomércio mostra que prevalece nos cearenses o desejo de economizar. A maioria dos entrevistados (27,2%) pretendem gastar no máximo até R$ 100 com presentes. Os mais caros, aqueles que, segundo a pesquisa, vão custar ao bolso do cearense mais de R$ 400, só deverão ser comprados por apenas 15,5% dos consumidores.

O resultado é reflexo de outro dado apontado pelo levantamento: 62,3% pretendem pagar as compras a vista. O cartão de crédito vem em segundo lugar, sendo usado por 36,6% dos que pretendem ir às compras.

Segundo os dados da pesquisa, a atenção da maioria daqueles que pretendem gastar, será chamada por promoções. As liquidações e o corte de preços deve ser o quesito mais levado em conta na hora de comprar.

As compras para o dia dos pais deste ano deverá movimentar R$ 118 milhões no comércio cearense. Pode parecer muito mas, não é. Pelo menos, é o que afirma o economista Alex Araújo. Segundo Alex, o faturamento teve queda de 17% em relação as compras feita na mesma data do ano passado. "Esta queda no movimento financeiro do comércio está sendo constante. Junho e julho teve um movimento ruim.  Parte disso é resultado dos feriados em virtude da Copa do Mundo e também do fim dos incentivos de consumo por parte do Governo".

Na análise do economista, a inflação e o crescente cenário do endividamento das famílias criam fatores que inibem a compra. Se a diferença da pesquisa se concretizar, R$ 25 milhões deixarão de circular no mercado do Ceará.

Vendas na internet


As promoções criadas justamente nesta época para alavancar as vendas em lojas da internet também podem tornar um impedimento no crescimento do comércio. Mas, para Alex Araújo, muitos produtos exigem uma experimentação e, neste quesito, a loja física ainda leva vantagem. "Roupas, relógios, sapatos, precisam ser experimentados, as vezes os compradores querem trocar e, nas lojas online, isso é uma dificuldade", fala Alex.

O economista explica que as compras online são uma forte tendência mas, por enquanto, "ainda não reflete como uma ameaça ao comércio do Ceará", garantiu.



Veículo: Diário do Nordeste


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