Dia dos Pais: Lojistas tão pessimistas quanto no pós-crise

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Esperam manter o resultado ou ter piora em relação ao ano passado 56,9% dos entrevistados pela Fecomércio MG



Os varejistas mineiros estão pouco otimistas com relação às vendas no Dia dos Pais. O pessimismo para o período está em proporções muito próximas às apresentadas em 2009, quando o país enfrentava os efeitos da crise econômica mundial. O temor de fechar a data em situação pior à registrada no exercício anterior fez a maioria dos empresários optar por nem mesmo reduzir os preços para competir. Ou seja, eles apostam em maiores margens e não em volume para segurar o faturamento do mês.

 o que apontou a Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista - Expectativa para o Dia dos pais, divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG). Segundo o estudo, apenas 43,1% dos comerciantes esperam vendas no Dia dos Pais deste ano melhores do que as registradas no mesmo período do exercício passado. Os 56,9% restantes apostam em manter o resultado ou apresentar piora.

O percentual de pessoas que esperam resultados melhores ganha apenas do registrado em 2009. Naquele ano, sob efeito da crise, 42% responderam de forma positiva quando perguntados sobre a data e neste ano, 43,1%.

Segundo a analista de pesquisa da Fecomércio, Luana Oliveira, dois fatores afetaram o otimismo dos empresários. O primeiro deles é o cenário econômico pouco favorável, com inflação e juros em alta. O segundo é o fato de ser um ano eleitoral, que gera incertezas quanto ao futuro.

Apreensão - Além desses fatores, a pesquisa aponta que o que mais assusta os empresários neste ano é o endividamento dos consumidores, resposta dada por 40,3% dos ouvidos. A concorrência acirrada seria o segundo empecilho para os bons resultados, seguida de preços elevados dos produtos.

Mesmo admitindo que os altos preços inibem as compras, a maioria dos empresários, ou 53,7%, não pretende formar preços diferenciados para concorrer na data. Para Luana, essa decisão tem ligação com as baixas perspectivas de vendas. "Como os empresários apostam em vendas menores, eles não têm a opção de reduzir os preços para ganhar em volume vendido. Torna mais difícil fazer um preço diferenciado", afirma.

Dentre os 46,3% que, mesmo diante ao cenário nada animador, vão tentar aliviar os custos para o bolso do consumidor, a maioria pretende fazer isso por meio de descontos na hora da compra. Outros optaram por negociar preços junto aos fornecedores para não sacrificar as margens. E ainda existem aqueles que vão reduzir preços somente nos itens de maior giro.

Mas os consumidores que pretendem de fato economizar precisam ter em mente que o pagamento à vista continua sendo a melhor alternativa. Segundo Luana, como é esperado que 82,5% das vendas sejam parceladas no cartão de crédito, aquele que puder pagar à vista terá grande poder de barganha. A pesquisa mostra que somente 9,5% das vendas deverão ocorrer à vista e a dinheiro. Já à vista com cartão de débito deverão ser cerca de 3,5%. E no cartão de crédito, mas em apenas uma parcela, aproximadamente 4,5%.

Quanto ao tíquete médio, 51% dos consumidores deverão gastar até R$ 100 na compra do presente do Dia dos Pais. Entre R$ 100 e R$ 200 será o limite para outros 18,6%. Apenas 1,4% deverá fazer compras acima de R$ 1 mil.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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