Importados fisgam o consumidor

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Peixes asiáticos como o panga e a polaca chegam baratos ao Brasil e provocam a indústria nacional que busca meios de se proteger

Abençoados por uma imensa costa de 7,3 mil quilômetros e a maior reserva de água doce do mundo, os brasileiros põem na mesa cada vez mais peixes que vêm de locais distantes. Somente nos últimos cinco anos as importações do Vietnã dispararam 1.567,68%, enquanto as da China avançaram 1.096,10%.

A receita do sucesso do pescado estrangeiro no Brasil é simples, mas com uma pitada de polêmica. Mesmo vindo de longe, peixes como o panga ou a polaca, também chamada de merluza-do-alasca, chegam ao varejo muito mais baratos do que o produto nacional. No Walmart, um das maiores grupos de supermercados com atuação no país, o quilo do filé congelado de ambos é vendido a cerca de R$ 10, enquanto a tilápia de criatórios brasileiros chega a custar R$ 25.

A diferença no preço é explicada pela maior escala da indústria pesqueira e os menores custos de criação, de mão de obra nas fábricas e de tributos na Ásia.

Apesar das queixas sobre a enxurrada de importados, dados do Ministério da Pesca de Aquicultura indicam que a produção de pescado no Brasil praticamente dobrou nos últimos anos, chegando a 2,5 milhões de toneladas. Para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil tem potencial para multiplicar este número por oito.

O Conepe, porém, desconfia um pouco da estatística do governo federal. Com a pesca extrativa em rios e no mar cercada de cuidados, é a criação de peixes que é apontada como a principal alternativa para o crescimento da produção nacional de pescado.

– A piscicultura cresceu, mas acho que basicamente estão contando melhor o peixe – diz Burle.

Outra boa notícia é o aumento do consumo, sinônimo de alimentação saudável. Conforme o Ministério da Pesca, ano passado o país alcançou a marca de 14,5 quilos por habitante, 120% a mais do que uma década atrás e acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 13 quilos por pessoa.



Veículo: Diário Catarinense


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