Mercado do café com boas oportunidades para comercialização

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O mês de agosto foi de ampla volatilidade no mercado internacional de café, de altos e baixos preços, mas com boas oportunidades para o produtor vender no Brasil a bons valores. Houve o impacto sobre as cotações das preocupações com a China e da desvalorização das moedas dos principais produtores e exportadores de café do mundo. Por outro lado, a apreensão com a safra brasileira e global também seguiu forte, o que deu sustentação aos preços.

A China gerou temores no mercado financeiro mundial, demonstrando problemas com sua economia e desvalorizando sua moeda. Como maior consumidor do mundo, naturalmente isso impactou negativamente as commodities nas bolsas, o que determinou quedas para o arábica na Bolsa de Nova York e para o robusta em Londres em muitos momentos.

O dólar seguiu fortalecido contra o real no Brasil e também contra as moedas do Vietnã e da Colômbia. Isso sinaliza ao mercado uma competitividade ainda maior para os principais países cafeicultores exportarem, e é natural o reflexo negativo disso nas cotações nas bolsas, como se viu em agosto.

Porém, continuam correndo as informações dando conta de que a safra do Brasil neste ano vai fechar menor do que esperava em função dos problemas climáticos. As novas estimativas estão praticamente todas reduzindo os números do que o País vai colher este ano. E isso colaborou para altas nas cotações nas bolsas em vários dias de agosto.

Projeção - A última projeção foi a da Volcafe, que diminuiu a estimativa para a safra brasileira 2015/16 para 48,3 milhões de sacas. O número é 6,9% inferior, ou 3,6 milhões de sacas, em relação à projeção anterior, de maio. Os grãos da safra deste ano são bem menores, causando mudança na renda no beneficiamento do café, e resultando nesta previsão menor. A produção mundial 2015/16 foi revisada para baixo em 3,2% pela Volcafe, ou 4,9 milhões de sacas, para 149,6 milhões de sacas.

O analista de Safras & Mercado Gil Barabach destacou que o mês de agosto foi também de boas oportunidades para o produtor de café vender parte de sua produção. Lembra que as cotações superaram em determinado ponto os R$ 500 a saca, que é um patamar psicológico importante, mirado pelo vendedor.

No balanço mensal da bolsa de Nova York, o contrato dezembro do arábica fechou quinta-feira passada a 124,55 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 3,1% no mês, já que julho fechara com essa posição a 128,50 centavos. Em Londres, no mesmo comparativo, o robusta caiu 0,8%, com o contrato novembro recuando de US$ 1.655 para US$ 1.641 a tonelada.

No mercado físico brasileiro de café, o ritmo das negociações só melhorou quando os preços passaram de R$ 500 a saca. Antes disso, e depois também, o produtor voltou à retranca. No balanço mensal do mercado brasileiro, o arábica bebida boa no Sul de Minas ficou estável, tendo a mesma cotação de R$ 455,00 a saca tanto em 31 de julho quanto em 27 de agosto.

O conilon tipo 7 em Vitória (ES) subiu 2,3% no mesmo comparativo, passando de R$ 308,00 para R$ 315,00 a saca. A alta do dólar no mês contribuiu para a sustentação dos preços do café em reais no País.

 

Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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