Preços pagos aos produtores recuam

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Em Minas Gerais, oferta maior de vários produtos provocou queda de 4,29% do IPR em maio

Michele Valverde

Após várias altas registradas ao longo dos primeiros quatro meses de 2014, o Índice de Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IPR) encerrou maio com queda de 4,29%. O momento de safra de importantes produtos como café, feijão e batata, por exemplo, fez com que a oferta ficasse maior, provocando recuos significativos nos preços pagos aos produtores. Apesar do resultado negativo observado em maio, no acumulado do ano até 31 de maio, o IPR apresentou variação positiva de 15,73%. Em 12 meses, o índice avançou 13,37%.

De acordo com a coordenadora da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline de Freitas Veloso, para junho é esperado um resultado semelhante ao observado em maio. "Vários produtos estarão em período de safra. Por isso, acreditamos que os resultados para o IPR de junho serão bem parecidos com os de maio. Nossa estimativa, porém, é que o índice de queda seja menos expressivo que o atual", afirmou.

Ao longo de maio, o recuo mais expressivo foi observado nos preços pagos aos produtores de batata, que vinha acumulando altas significativas até abril. Somente em maio, os preços recuaram 41,37%. Mesmo assim, no acumulado de 2014, o produto manteve o índice positivo de 192,48%. Em relação aos últimos 12 meses, o IPR está 39,84% inferior.

O aumento da oferta, devido ao ingresso da segunda safra do produto no mercado, é uma das justificativas para a queda no IPR em maio. A alta no acumulado do ano, tem como base as perdas severas ocasionadas pela seca nos primeiros meses de 2014, o que limitou a oferta em um período de aumento da demanda.

O café, principal produto do agronegócio mineiro, após apresentar valorização de 1,54% no IPR de abril, voltou a registrar resultado negativo em maio, quando retraiu 1,79%. O incremento no ritmo da colheita é o principal fator que interferiu no desempenho do IPR.

Apesar do recuo mensal, o IPR do café manteve o ritmo de alta nos primeiros cinco meses de 2014, 63,51%, e no acumulado dos últimos 12 meses, 47,75%.

Frango - Resultado negativo também foi observado no IPR do frango. O levantamento da Faemg mostra que somente em maio o preço recebido pelo produtor ficou 13,58% menor, ampliando a queda acumulada nos primeiros cinco meses do ano para 21,89%. Mesmo com esses resultados, entre junho de 2013 e maio de 2014, o IPR do frango registrou alta de 6,89%. "A queda observada nas exportações de carne de frango e que aumenta a oferta do produto no mercado interno é uma das justificativas para o desempenho negativo".

No acumulado do ano até maio, as exportações de frango encerraram o período com queda de 23,26% e faturamento de US$ 127,3 milhões. O volume destinado ao comércio exterior caiu 8,58%, encerrando o período em 77,2 mil toneladas.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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