Oferta de feijão deve ter crescimento

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O mercado brasileiro de feijão durante a primeira semana de abril foi marcado por calmaria nas negociações da variedade carioca. O volume de negócios registrados foi baixo, sendo que a maior parte do produto negociado era do grão comercial. A oferta do carioca extra continua nula.

"É esperada a entrada da segunda safra, que se encontra em fase de desenvolvimento, para que o feijão de melhor qualidade e de melhor demanda volte a ser ofertado no mercado, contribuindo para a liquidez interna", diz o analista da consultoria Safras & Mercado Guilherme Tresoldi.

Segundo Tresoldi, agentes com experiência no mercado apostam na venda dos estoques. Duas razões suportam a atitude: primeiro, os consumidores estão mais exigentes, não aceitando grãos de baixa qualidade, inferior à nota 8; e o segundo motivo é a concentração da oferta do produto decorrente da segunda safra, que deve ocorrer em até dois meses. "Essa concentração de oferta deve puxar os preços para baixo. Por isso, aguardar para vender todo o produto junto pode ser muito arriscado", avalia.

No primeiro semestre de 2014, o mercado nacional de feijão apresentou forte reação nos preços. O aumento da demanda pelo grão, em contraste com a menor oferta, contribuiu para a elevação. Em janeiro, o carioca extra era cotado em R$ 105 por saca de 60 quilos. Atualmente, já é cotado a R$ 159 por saca, o que representa alta de 51% no período. Já o carioca comercial nota 8, que estava cotado em R$ 82,50 por saca, está indicado em R$ 115 por saca de 60 quilos - acumulando valorização de 39%.

Enquanto isso, o mercado de feijão preto segue bastante calmo. Os empacotadores estão abastecidos pelo produto, não havendo demanda significativa. Assim, a pressão que vinha sendo aplicada sobre os preços da variedade reduziu. Em meados de fevereiro, o feijão preto extra era cotado em R$ 147,50 por saca de 60 quilos. Atualmente, está cotado em R$ 187,50, acumulando ganhos de 27%.

De acordo com o analista, a tendência para as próximas semanas é de calmaria. "Somente quando o produto oriundo da segunda safra entrar no mercado com mais força, os preços devem apontar quedas", finaliza Tresoldi.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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