TCP planeja crescer além do porto de Paranaguá

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Terceiro maior terminal de contêineres do país, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), no Paraná, se prepara para crescer dentro e fora do porto. A empresa está finalizando um investimento de R$ 365 milhões na expansão da infraestrutura e, fora de Paranaguá, olha com as novas oportunidades de arrendamentos públicos e autorizações para instalações privadas. "Sempre no mercado de contêineres. A nossa restrição é escala, somos muito céticos em relação a operações novas e pequenas", diz o principal executivo do TCP, Luiz Antonio Alves, que assumiu a direção do terminal após a entrada da empresa de private equity Advent Internacional como sócia do TCP, em 2011. O terminal é um arrendamento público firmado em 1998. O contrato é válido por 25 anos renováveis por igual período.

Em novembro, o TCP finaliza uma obra de expansão que aumentará em 25% a capacidade de movimentação anual, saindo de 1,2 milhão de Teus (contêiner de 20 pés) para 1,5 milhão de Teus. Os R$ 365 milhões destinaram-se à ampliação do cais para 880 metros e à compra de novos equipamentos: quatro portêineres (guindastes de cais que movimentam o contêiner entre navio e terra) e dez equipamentos que manejam o contêiner no pátio.

Segundo Alves, o TCP tem hoje a maior média de produtividade em um mesmo guindaste. No último ano e meio a eficiência por equipamento subiu 50%, de 18 movimentos por hora para 27 movimentos por hora. A média de eficiência por navio, que é operado por mais de um guindaste, está em 86 movimentos por hora, com recorde de 155 movimentos por hora. "Isso é uma grande redução de custos para o sistema. Nos últimos dois anos diminuímos o tempo de movimentação no cais de 19,5 horas para oito horas. O custo por hora de um navio pós-panamax é de US$ 6 mil. No ano, a redução de custo é de R$ 120 milhões para o armador. Essa é a nossa maior contribuição para o sistema. Fazer com que o navio passe o menor tempo possível no terminal", diz Alves.

Trilhando o mesmo caminho de seus principais concorrentes, o foco do TCP não está apenas na operação de cais. A estratégia de crescimento passa, cada vez mais, pela aposta na integração logística. O TCP conta hoje com três instalações fora do porto (em Curitiba, Ponta Grossa e Londrina), ainda não alfandegadas. A empresa capta cargas e as consolida para enviar ao terminal portuário, tanto por caminhão como por trem. Um ramal ferroviário acessa o terminal. "Somos o terminal portuário brasileiro que mais usa a modalidade trem na chegada de cargas de exportação. Devemos fechar o ano com uma fatia de 20%, coisa de 3.500 contêineres/mês", diz Alves.

A meta é dobrar essa participação em dois anos. Disso vai depender a expansão do braço de logística, tanto nas três instalações fora do porto como em novas unidades, afirma o executivo, sem detalhar os próximos passos. Se mantido neste semestre o ritmo do primeiro, a área de logística terminará o ano responsável por 9% da receita do TCP, que deve ser de R$ 415 milhões.

Numa extensão de 150 quilômetros da costa sulista existem cinco grandes concorrentes no mercado de contêineres: o TCP, o porto de Itapoá, São Francisco do Sul, Itajaí e Navegantes (SC). Pluralidade que resultou numa queda de preços na movimentação de contêineres e em uma elevação da qualidade, diz Alves. Ainda assim, a área de influência do TCP é vasta. Movimenta cargas do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Oeste e Sul de São Paulo. Sozinho, o TCP é o maior terminal de cargas refrigeradas do país, por exemplo.



Veículo: Valor Econômico


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