Suggar prevê faturamento até 20% maior

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Com crescimento nas vendas em julho, empresa já projeta desempenho melhor no segundo semestre


 Apesar da queda registrada no comércio de produtos da linha branca em todo o País no primeiro semestre, a Suggar Eletrodomésticos, com planta no bairro Olhos D’Água, em Belo Horizonte, tem conseguido driblar a retração no consumo decorrente da crise financeira e, de janeiro a junho, manteve desempenho semelhante ao do mesmo período de 2015. Nos primeiros seis meses deste ano, a empresa registrou um faturamento em torno de R$ 150 milhões e, apesar do momento econômico desfavorável, acredita que o segundo semestre pode trazer melhores resultados ao segmento. Em 2016, a companhia espera incrementar a receita entre 15% e 20%.
 
Dados recentes da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) apontam que, de janeiro a junho, a venda de eletrodomésticos da linha branca no País caiu 9,8%. O presidente da Suggar, José Lúcio Costa, reconhece que a primeira metade do ano não apresentou o nível de atividade esperado pelo setor, mas explica que o perfil predominante dos consumidores da empresa ajudou a evitar um balanço negativo no período. Os tanquinhos, como sempre, representaram o carro-chefe do grupo.
 
“No nosso caso, há duas classes que ainda compram muitos dos nossos produtos. As mais baixas, como a D e E, que possuem vários incentivos decorrentes de programas sociais do governo federal e consomem nossos tanquinhos, e a alta, responsável por adquirir produtos de maior valor agregado”, destaca o dirigente da empresa.
 
José Lúcio Costa explica que o desempenho da Suggar em julho já foi bem melhor frente aos dos outros meses de 2016. O presidente acredita que a tendência é que melhore as vendas no restante do ano, principalmente se for resolvida a crise política pela qual passa o País. Desde maio, tramita no Senado o processo de impeachment de Dilma Rousseff e, enquanto isso, a presidência do Brasil tem sido ocupada pelo interino Michel Temer.
 
Na última terça-feira, o site de comparação de preços do comércio on-line Zoom divulgou pesquisa em que mostrou que diversos produtos da linha branca como fogões e geladeiras estariam com preços acima da inflação oficial no primeiro semestre, calculada em 4,42%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os altos custos de produção de eletrodomésticos, na contramão do que se esperaria para um cenário de retração nas vendas, podem, na opinião de José Lúcio Costa, estar relacionados aos três reajustes no preço do aço ocorridos no mesmo intervalo. Estima-se que, com a correção nos valores da matéria-prima, o aumento acumulado do preço do aço no ano seja de 35%.
 
O presidente da Suggar, no entanto, relata que os produtos comercializados pela empresa mineira não sofreram grandes reajustes pelo fato de terem, em sua maioria, o plástico como componente base. “Os nossos principais produtos hoje são feitos com plástico ou são importados. E o dólar apresentou uma certa estabilização. O plástico teve um pequeno aumento, mas nada substancial que interferisse tanto nos nossos preços”, diz.
 
Planta na Paraíba - Para atingir a meta de crescimento prevista para este ano, José Lúcio Costa aposta no início das operações da unidade fabril da Suggar que está sendo instalada no município de Conde, na Paraíba, a 50 quilômetros do porto local. Segundo o presidente da empresa, a nova planta, que conta com incentivos do governo local, vai significar redução de custos para o grupo.
 
“Hoje, com o frete de uma carreta de tanquinhos, por exemplo, gastamos o equivalente a cerca de 30% do valor da carga. Com essa unidade, que vai atender o Nordeste, vamos economizar no frete, na mão de obra, além de termos incentivos oferecidos pelo Estado”, conclui.
 
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas


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