Analistas melhoram projeções para o PIB

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Mercado revisou a estimativa de contração da economia brasileira neste ano de 3,6% para 3,4%

 
Brasília - As previsões das instituições privadas para a atividade doméstica trouxeram mais um pouco de melhora no Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC). Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016, a mediana mostra uma retração menos intensa, passando -3,60% para -3,44%. Um mês atrás estava em -3,83%. Para 2017, a mediana das previsões do mercado ficou estacionada em +1,00% de um levantamento para o outro. Quatro semanas atrás, a pesquisa apontava alta de 0,50%.
 
Também melhorou na margem a estimativa para a produção industrial deste ano, que saiu de queda de 5,87% para recuo de 5,85% - um mês atrás, estava em -6,00%. Para 2017, no entanto, a previsão ainda continua no terreno positivo (0,67%), mas em nível inferior ao visto no levantamento passado (0,80%). Quatro semanas atrás estava em +0,90%.
 
Para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2016, a mediana das previsões piorou, saindo de 43,00% para 43,25% de uma semana para outra. Um mês atrás, estava em 42,00%. No caso de 2017 no boletim Focus, as expectativas avançaram de 47,00% para 48,00%, mais distantes da projeção apontada um mês atrás, de 46,95%.
 
 
Balança comercial - As projeções para a balança comercial no Relatório de Mercado Focus continuam a melhorar, mas agora num ritmo bem mais lento do que o visto no passado. Na edição do documento divulgado pelo BC, o superávit previsto para a balança comercial de 2016 passou de US$ 50,52 bilhões para US$ 50,76 bilhões. Um mês atrás, a estimativa central da pesquisa era de um saldo positivo de US$ 49,57 bilhões. Para 2017, as estimativas, que estavam estacionadas em US$ 50,00 bilhões há 10 semanas seguidas, agora passaram para US$ 50,07 bilhões.
 
No caso das previsões para a conta corrente, a alteração das previsões para 2016 foi de um déficit de US$ 15,20 bilhões para US$ 15,00 bilhões. Um mês atrás, estava em US$ 17,20 bilhões. Já para 2017, a perspectiva do mercado financeiro é de um rombo de US$ 12,00 bilhões ante déficit de US$ 13,40 bilhões da semana passada. Quatro semanas atrás, a perspectiva era de déficit de US$ 17,20 bilhões.
 
Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir esse resultado deficitário nos dois anos. Mesmo assim, a mediana das previsões para esse indicador caiu de US$ 61,30 bilhões para US$ 60,00 bilhões no caso de 2016 - estava em US$ 59,28 bilhões um mês antes. Para 2017, a perspectiva de volume de entradas permaneceu em US$ 60,00 bilhões pela oitava semana consecutiva.
 
Câmbio - Reduções das previsões para o comportamento do câmbio deste e do próximo ano foram vistas no Relatório de Mercado Focus. De acordo com o documento, a cotação da moeda estará em R$ 3,60 no encerramento de 2016, e não mais em R$ 3,65, como constava no levantamento anterior - um mês atrás, estava em R$ 3,67. Com esse deslocamento para baixo, o câmbio médio de 2016 passou de R$ 3,65 como estava na semana passada para R$ 3,62 - um mês antes, estava em R$ 3,63.
 
Para 2017, a mediana saiu de R$ 3,81 para R$ 3,80 de uma divulgação para a outra - quatro semanas atrás estava em R$ 3,88 Já o câmbio médio do ano que vem recuou de R$ 3,79 para R$ 3,75 de um levantamento para o outro - estava em R$ 3,83 um mês atrás. (AE)

Veículo: Diário do Comércio de Minas  


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