Valor da produção deve chegar a R$ 503,57 bilhões

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O valor bruto da produção agropecuária (VBP) atingiu 498,5 bilhões em 2015. A soma é recorde da série histórica, iniciada em 1989. A estimativa, agora, é que o índice alcance R$ 503,57 bilhões em 2016, 1% acima (em valores reais) ao obtido no ano passado.

Os números foram divulgados ontem (18) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. O indicador é calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária, e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do País, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil.

Do resultado total de 2015, R$ 321 bilhões são referentes às lavouras, e R$ 177,5 bilhões, à pecuária.

"De acordo com o levantamento da Coordenação Geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa, o alto valor do VBP em 2015 resultou especialmente do excelente resultado da safra de grãos, de 207,7 milhões de toneladas, e do desempenho da pecuária", informa o ministério em nota.

O melhor desempenho do ano foi do milho, cujo VBP alcançou R$ 41,3 bilhões, seguido da soja, de R$ 106,4 bilhões. Também se destacaram a cana-de-açúcar (R$ 50,3 bilhões), o café (R$ 19,4 bi) e algodão (R$ 13 bi). Na pecuária, o melhor resultado foi o de carne bovina (R$ 73,8 bi). Em seguida, aparecem frango (R$ 49,8 bi) e leite (R$ 27,8 bi).

Projeções

A secretaria calcula que do VBP de R$ 503,57 bilhões projetado para 2016 cerca de R$ 122 bi resultem das lavouras de soja. Bons resultados também são esperados para a carne bovina e de frango, de R$ 72 bi e R$ 52,5 bi, respectivamente. "Os demais produtos da pecuária, como a carne suína, leite e ovos, devem ter comportamento parecido com os de anos anteriores", diz o coordenador-geral de estudos e análises da SPA, José Gasques.

O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a soja deve ter um crescimento de 6,1%, passando de 96,2 para 102,1 milhões de toneladas nesta safra. O maior produtor da oleaginosa é o Estado do Mato Grosso, com 28,3 milhões de toneladas, o que representa cerca de 28% da safra nacional, seguido do Paraná, com 18,5 milhões.

Conforme publicado no DCI, representantes do setor apostam em uma queda na colheita de grãos em função dos problemas climáticas provenientes do El Niño no Centro-Oeste, como a forte estiagem nas lavouras.

 



Veículo: Jornal DCI


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