Aumento do Imposto de Importação deve sair em até 15 dias

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O governo deverá apresentar em até 15 dias uma definição sobre um aumento da alíquota do Imposto de Importação do aço. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, em todo o mundo estão sendo adotadas medidas de proteção aos mercados locais de aço e o governo estuda adotar alguma medida. De acordo com ele, no entanto, a cadeia produtiva deve ser consultada antes de uma decisão.

"Ontem (quarta-feira), houve uma reunião do setor com a presidente Dilma Rousseff e a orientação é no sentido de que, em no máximo 15 dias, vamos oferecer uma posição oficial do governo", afirmou Monteiro, durante evento do Instituto Aço Brasil (IABr) realiado ontem no Rio de Janeiroo.

"O governo está estudando. No mundo inteiro, devido a dificuldades do setor siderúrgico, há uma multiplicação de medidas de defesa comercial adotada por diferentes países para proteger os mercados domésticos, seja de salvaguarda, antidumping. O Brasil não pode deixar de ter um olhar (para isso)", completou.

Monteiro afirmou ainda que a presidente Dilma determinou que a cadeia produtiva consumidora de aço seja ouvida antes de uma definição sobre as medidas que serão adotadas.

O ministro também disse que o governo avalia prorrogar a suspensão do Reintegra devido ao "quadro fiscal". A previsão era de que a suspensão terminasse em 2017. "Um quadro fiscal difícil justificou a suspensão do Reintegra por dois anos. Como o quadro ainda é difícil, a perspectiva de volta não é razoável, não é realista", afirmou.

Comércio exterior - O País deve fechar o ano com um saldo de US$ 15 bilhões na balança comercial, segundo estimativa de Monteiro. Segundo ele, para o próximo ano a previsão é dobrar o superávit comercial.

"Não fosse a queda das commodities, o superávit alcançaria mais de US$ 35 bilhões. Vou ficar na estimativa de US$ 15 bilhões e a maior parte dos analistas indica que podemos dobrar esse volume no próximo ano", avaliou o ministro no evento. "Saímos de um déficit de US$ 4 bilhões para um superávit de entre US$ 15 bilhões e 16 bilhões. E um ganho no ano de US$ 20 bilhões para investir em financiamento. Agora, o comércio global está desacelerando e isso afeta as exportações", explicou.

Monteiro considerou a estimativa "positiva". "Com essa diferença na balança comercial o déficit em conta corrente vai cair a 3,4% Isso significa que o País terá déficit financiado com recursos do financiamento direto, não vai gastar reservas para pagar o déficit", observou.


Mercosul-UE - Após 15 anos de espera, um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia pode estar mais próximo após a eleição da Argentina. A avaliação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Segundo ele, a troca de ofertas entre os dois blocos terá uma etapa "decisiva" após a reunião de ministros de finanças da Europa marcada para hoje. Monteiro afirmou também que a eleição de Maurício Macri dará à Argentina uma "postura pró-comércio e liberalizante".

"Gostaria de expressar a confiança de que vamos finalmente iniciar troca de ofertas com União Europeia depois de 15 anos. Amanhã (hoje) os ministros de finanças se reúnem e esse é um elemento que pode nos ajudar", afirmou Monteiro durante evento do Instituto Aço Brasil.

Monteiro afirmou ainda que o acordo com a União Europeia permitirá ao País "fortalecer o eixo de integração" mas não tira a relevância do Mercosul e a necessidade de aperfeiçoamento do bloco.

"O que pode ajudar a troca de ofertas é a emergência do acordo Transpacífico e a eleição da Argentina, que oferece perspectiva de postura pró-comércio e mais liberalizante. Estamos desafiados a levar essa política de reposicionamento adiante. E promover aperfeiçoamentos no próprio acordo do Mercosul", analisou.

Segundo Monteiro, a integração regional no Mercosul é "estratégica". "Ninguém revoga a geografia. A integração com países do cone sul é estratégica e fundamental para o País. Nem de longe podemos pensar que ele perca relevância. As primeiras declarações do presidente a Argentina reforçam que a parceria com Brasil é estratégica", ponderou.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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