Crise reduz intenção dos paulistanos de contrair dívidas, afirma Fecomercio-SP

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Com a intensificação das restrições bancárias e a piora do mercado de trabalho, aumentou o porcentual de paulistanos que não pretendem contrair dívidas nos próximos meses, que passou de 86% em agosto do ano passado para 91% em agosto deste ano. Os dados são da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

Com isso, somente 8,2% dos consumidores de São Paulo planejam contrair dívidas nos próximos meses, a menor fatia da série histórica, que teve início em 2012. Em julho, a taxa era de 8,3%. "As condições ruins de emprego, renda e inflação tendem a forçar as famílias a reverem planos de aquisições, além de reduzirem o orçamento corrente dos lares", explica a assessoria econômica da Fecomercio-SP.

Os dados levaram o Índice de Intenção de Financiamento dos consumidores paulistanos a registrar queda de 5,7% na comparação com julho e atingir 17,3 pontos em agosto, mantendo-se abaixo da média histórica de 23,8 pontos. Contra agosto do ano passado, o recuo do índice é de 29,8%.

Por outro lado, a entidade diz que será pouco provável que as famílias escapem da busca por crédito no sistema financeiro, dado o desafio cada vez maior de equilibrar o orçamento doméstico diante da conjuntura adversa. "Haverá aumento na procura de recursos devido à clara situação de deterioração financeira", afirma.

Ainda segundo a entidade, a crise econômica também vem fazendo com que muitos consumidores resgatem recursos de aplicações com o objetivo de fazer frente ao aumento das despesas. Entre agosto de 2014 e agosto de 2015 houve queda de 46,2% para 39% na proporção de clientes que diziam ter algum tipo de aplicação. Sete entre 10 paulistanos com aplicações, por sua vez, ainda apostam na poupança, que permanece como a primeira opção das famílias que possuem aplicações, com 69,5%.

 



Veículo: Jornal Estado de Minas - MG


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