As chuvas pontuais que chegaram ao Rio Grande do Sul nesta semana trouxeram alento aos produtores de trigo do Estado. As altas temperaturas registradas e o tempo seco das semanas anteriores prejudicaram o desenvolvimento das lavouras que foram afetadas em algumas regiões. Mas o retorno das precipitações fez com que o desenvolvimento das lavouras se normalizasse.
Conforme o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, a altas temperaturas aceleraram o ciclo produtivo e agravaram a incidência de doenças, tornando a lavoura ainda mais cara para o produtor. Especialmente as áreas que foram plantadas no período final da janela do zoneamento agrícola sofreram no desenvolvimento vegetativo por causa da falta de umidade. "Quanto ao trigo mais do cedo, os produtores estão realizando os tratos culturais, mas as altas temperaturas das últimas semanas prejudicaram o potencial das lavouras."
A maior preocupação está na possibilidade de chuvas em excesso a partir da fase de floração, especialmente com a previsão dos meteorologistas de um El Niño severo. O temor é de novas perdas na cultura, assim como no ano passado, quando os problemas climáticos trouxeram uma quebra de 42% em relação ao ano de 2013, o que deixou os triticultores com um pé atrás em relação ao plantio, ocasionando em uma redução de área.
Sobre o mercado, Pires informa que contratos futuros para a venda do cereal já começaram a ser feitos, mas ainda de forma tímida. O presidente da FecoAgro acredita que os produtores que colherem um produto de qualidade terão resultados econômicos positivos. "Ainda é muito cedo para falar sobre preços, pois são muitas as variáveis que teremos pela frente como o câmbio, o clima, entre outras", disse.
Veículo: Jornal do Comércio - RS
Retorno das chuvas ameniza as preocupações dos triticultores
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