Mercado japonês é estratégico para Minas

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                                                          Expectativa positiva se deve ao fato de o país asiático ser um dos principais importadores do produto do mundo.

Minas Gerais poderá expandir significativamente as exportações de ovos ao longo dos próximos anos, quando as negociações para a abertura do mercado japonês serão concretizadas. De acordo com os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Japão, através de seu Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca, comunicou oficialmente, na última semana, que abrirá o mercado aos ovos do Brasil.

A abertura do mercado aconteceu após os japoneses aceitarem a proposta de certificado sanitário apresentado pelo Mapa para amparar as exportações de ovos e derivados. Com a decisão, serão retomadas as negociações para exportação dos produtos para o mercado japonês, um dos maiores consumidores mundiais de ovos.

De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, Minas Gerais tem condições de atender a demanda do mercado japonês.

"A abertura do mercado do Japão é importante não só pela oportunidade de comercialização com o país asiático, mas também pela possibilidade de abertura de novos acordos, já que as regras sanitárias são exigentes. Minas Gerais tem produção significativa de ovos e empresas aptas a exportarem. O processo de negociação entre os países é lento, mas se confirmado o acordo será muito positivo para o Estado e o País", explica.

Expectativa - A expectativa positiva se deve também ao Japão ser um dos principais importadores de ovos do mundo. De acordo com o Mapa, em 2014, o país movimentou US$ 70,9 milhões com a aquisição de 17 mil toneladas de ovos e gemas. Os principais fornecedores são os Estados Unidos (55,4%), China (11,4%), Índia (11%) e Tailândia (10,5%).

Segundo o Mapa, o Brasil exportou, no ano passado, US$ 16 milhões do produto para o mundo. Os principais destinos das exportações brasileiras foram Emirados Árabes (67,2%), Angola (12,4%) e Bolívia (7%).

De acordo com a pesquisa Trimestral de Abate de Animais, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção mineira de ovos, em 2014, somou 292 milhões de dúzias, volume 1,6% maior do que o ano anterior. Somente no último trimestre do ano passado, o incremento ficou em 1,2%, com a produção de 13,5 milhões de dúzias. Minas Gerais é o terceiro maior produtor de ovos do País, respondendo por 9,7%, ficando atrás de São Paulo (26,5%) e do Paraná (10,3%).

No ano passado, o Estado exportou 7,21 mil toneladas de ovos e gemas, gerando faturamento de US$ 12,6 milhões, enquanto em 2013 as vendas para o mercado externo somavam US$ 8,1 milhões.

As expectativas em relação a este ano são positivas, somente nos primeiros sete primeiros meses, as exportações mineiras de ovos e de gemas somam US$ 6,8 milhões. Minas tem os Emirados Árabes como o principal mercado demandador sendo responsável por 84% das aquisições de ovos. Em seguida vem a República do Congo (5,8%) e a Venezuela (4,3%).

"Minas tem muito potencial para expandir as exportações de ovos e derivados. Se olharmos o histórico, até 2006 as exportações do produto eram incipientes, mas a partir de 2007 a participação se tornou mais ativa, atingindo o maior volume em 2008, com a movimentação de US$ 29,6 milhões. A comercialização com o Japão poderá dar novo impulso à atividade", avalia Albanez.


Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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