Para Fecomércio-MG, lojista está desanimado com as vendas do Dia dos Pais

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Os varejistas mineiros estão desanimados com relação às vendas para o Dia dos Pais. O pessimismo para o período está alinhado com o desempenho que o setor vem amargando ao longo desse ano: até o momento, todas as datas comemorativas de 2015 obtiveram resultados aquém do esperado. O Dia das Mães, por exemplo, considerada a segunda melhor data para o comércio, foi o pior dos últimos nove anos.

De acordo com a pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), apenas 28,1% dos empresários acreditam que as vendas serão melhores do que em 2014, e 31,3% acham que manterão o mesmo volume. "Chama atenção o fato de entre os que acreditam que as vendas serão piores que 2014, mais de 66% apostam que a queda pode chegar a 20%", afirmou a supervisora de Estudos Econômicos da entidade, Luana Oliveira.

Para a economista, o pessimismo dos empresários está diretamente ligado à atual crise econômica, com o quadro de inflação e juros em alta. Por outro lado, ela acredita que, por coincidir com as principais liquidações de artigos de inverno, as vendas podem surpreender. "O segundo semestre tende a ser um período mais favorável para o comércio e, quem sabe, os preços mais acessíveis podem favorecer os negócios", destacou.

Medidas - Segundo a pesquisa da Fecomércio-MG, entre as medidas que os empresários podem tomar para incrementar as vendas, as promoções foram apontadas por 56,2% dos entrevistados; foram citadas também estratégias para melhorar a visibilidade da loja (vitrines), crédito facilitado e descontos em produtos específicos.

Ainda de acordo com o levantamento, para 34,3% dos empresários, o apelo emocional da data é o principal fator que leva os consumidores às compras e os preços menores respondem por 28% desse estímulo. Já os compradores enxergam nas promoções (35,1%) e nos preços baixos (28,9%) os maiores incentivos para comprar.

Por outro lado, a pesquisa aponta que somente 50,1% dos entrevistados pretendem presentear os pais em 2015. "Isso quer dizer que praticamente metade dos ouvidos não vai gastar dinheiro com presentes", ressaltou.

Esse resultado, segundo a entidade, sofre interferência de diversos fatores: 56,9% dos que não vão comprar alegam não ter a quem presentear, e 23,8% dizem não ter hábitos de adquirir a lembrança. Apenas 5,5% dos entrevistados não vão presentear por terem dívidas e 9,4% por estarem mais cautelosos neste ano.

Os dados da pesquisa evidenciaram também que 98,9% dos compradores não pretendem se endividar em função da data. E a crise econômica não é o fator mais apontado pelos entrevistados como limitador dos gastos: apenas 8,9% citaram esse motivo; 46,7% vão esperar para comprar presentes, pois avaliam que os preços ainda estão altos.



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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