Produto e atendimento diferenciados ajudam setor de moda íntima crescer

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                            Lançamentos periódicos de coleções e matéria-prima de qualidade são estratégias de monomarcas para fazer o consumidor comprar lingerie não apenas para repor peças antigas


Redes que comercializam moda íntima seguem o mesmo caminho dos magazines. Ao apostar no apelo fashion em seus produtos, elas tentam fazer com que o consumidor deixe de ver a categoria apenas como uma compra de reposição, mas sim como um item de valor aspiracional.

"Os consumidores buscam essa categoria em multimarcas e nos magazines. Nesses locais a venda não tem tanta representatividade, pois não são vistos por eles como itens de primeira necessidade", afirmou a coordenadora acadêmica de varejo do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Patricia Cotti.

Considerado um setor pulverizado, pois esses itens são vendidos tanto em lojas de departamentos, como multimarcas, venda direta e varejo especializado, hoje a tendência é que eles apostem no atendimento diferenciado e em produtos aspiracionais. Desta forma, em médio prazo as redes podem vir a se consolidar perante ao consumidor, assim como aconteceu com as lojas de departamentos de moda. "As marcas de luxo e players como a Loungerie são bons exemplos de lojas-conceito que têm esse apelo aspiracional do consumidor", enfatizou Patricia.

No caso da Loungerie, as vendedoras têm a orientação de auxiliar as consumidoras a encontrarem os modelos mais adequados ao corpo. A marca tem obtido sucesso e anunciou a sua entrada para o franchising. Até outubro, São Paulo contará com duas lojas franqueadas em operação.

Diferenciais

Coleções pensadas no conforto e na necessidade das mulheres são alguns dos diferenciais que a Elegance Lingerie afirmar ter no mercado. "O processo para entender as necessidades da nossa consumidora é longo e profundo", afirmou a fundadora da marca Elegance, Eliane Magnan.

A experiência adquirida como indústria e no varejo multicanal (600 pontos de venda) ajudou na criação de uma loja própria aberta em 2010, que além de moda íntima tem espaço reservado para artigos sensuais. "É um diferencial da nossa marca. Mesmo não sendo muito cultural ir à sex shops, conforme o relacionamento com as clientes cresce é bem interessante oferecer esses itens", disse Eliane.

Para expandir, a Elegance também aposta no franchising, sendo que hoje tem duas franquias em operação. A expansão nesse formato será um processo lento e bem estruturado, segundo a fundadora da marca. "Prefiro que seja um crescimento conservador. Estimo ter 10 franquias até o primeiro semestre de 2016."

Lojas próprias

Desde 2011 no mercado brasileiro de moda íntima, a italiana Intimissimi, do grupo Calzedonia, opera com lojas próprias. Nesses quatro anos, a marca já tem 30 unidades abertas, e segundo o country manager da Calzedonia Brasil, Alvaro Gutierrez, a empresa prospecta agora ir para o Norte e o Nordeste do País. "Este ano vamos ter duas ou três aberturas nas regiões Sul e Sudeste. Mas estamos buscando oportunidade no Norte e Nordeste", disse. Como diferencial, a rede aposta nos tecidos. "Os principais diferenciais são qualidade de matérias-primas [rendas e seda], detalhes técnicos e a preocupação de estarmos sempre alinhados às tendências", disse Gutierrez ao DCI.

A crise não assusta o varejista: "Baseado no histórico que temos, acreditamos que o nosso produto é anticíclico. A crise não deve impactar significativamente as vendas".


Veículo: Jornal DCI




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