Crise faz setor informal recuar menos

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Rio - A estagnação da economia levou a uma diminuição no ritmo de redução da informalidade no País. Segundo o Índice de Economia Subterrânea (IES), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de tica Concorrencial (Etco) e pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), o mercado informal movimentou R$ 826 bilhões em 2014, ou o equivalente a 16,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado mostra uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao ano anterior. De 2012 para 2013, o recuo foi de 0,4 ponto percentual.

Nos últimos dez anos, o índice, que corresponde à produção de bens e serviços não reportados deliberadamente ao governo - ou seja, à margem do PIB oficial - caiu 4,8 pontos percentuais. Desde 2007, tem registrado quedas de 0,7 ponto percentual, passando de 20,2% em 2006 a 17% em 2011. O ano de 2009 foi a única exceção, devido à crise financeira internacional.

Segundo o IES, o processo de desaceleração do ritmo de encolhimento da economia informal começou em 2012 e 2013, devido ao recuo no número das contratações formais pela indústria e ao crescimento no setor de serviços, que tem níveis de informalidade maiores do que os industriais. O ano passado foi o primeiro a registrar uma quase estagnação do ritmo de queda da economia subterrânea frente ao PIB brasileiro.

"A desaceleração econômica começou no final do ano passado, de maneira que os resultados da crise só serão sentidos de fato em sua próxima edição, referente ao ano de 2015", afirmou Samuel Pessoa, pesquisador do FGV/Ibre. "As medidas tomadas pelo governo para combater a informalidade, tais como a desoneração de alguns setores da economia e as políticas dirigidas a pequenos empresários, apesar de efetivas, não são suficientes para refrear a informalidade nesse cenário", completou.

Para Evandro Guimarães, presidente executivo do Etco, a retomada da queda expressiva na informalidade depende de uma séride medidas, capazes de simplificar e racionalizar o sistema tributário; modernizar o sistema de cobrança e tornar o cumprimento da lei menos penoso para a população.

"Também é preciso continuar e acelerar as mudanças estruturais que buscamos para a sociedade, como, por exemplo, o aumento do nível educacional e a redução do índice de desemprego", afirma Guimarães. (AG)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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