Lojistas discutem sobre dificuldades do setor

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                                     Escolha errada a respeito do momento de fazer liquidações, além de layouts mal   elaborados nos pontos de venda e atendimento deficiente estão entre alguns pontos debatidos em evento

 

 

 

São Paulo - Entre os grandes vilões que lideram as perdas no comércio estão as compras mal orientadas a consumidores que desconhecem os produtos; layouts de pontos de venda mal elaborados, atendimento deficiente e as liquidações.

 

Para driblar esses problemas, listados por especialistas durante o 15º Brasilshop - Congresso Internacional do Varejo, realizado entre ontem e hoje na capital paulista, a proposta é buscar a diminuição das perdas ao eliminar processos que geram altos custos operacionais e não agregam valor ao negócio. Assuntos que têm sido os mais lembrados entre empresários do setor de shopping.

 

De acordo com o presidente do Grupo UseFashion, Jorge Faccioni, mecanismos como prever mudanças externas e se adequar a elas de maneira ágil podem ajudar. Além disso, ele ressalta que os empresários não devem se conformar com a situação atual, de desaceleração nas vendas. Ao contrário, disse, é preciso reagir em busca de encontrar novos caminhos para alavancar as vendas.

 

Segundo Faccioni, criar valor ao produto não está relacionado a preço ou custo, mas é a capacidade de satisfazer a demanda e a necessidades dos clientes. A partir do momento em que o empresário alcançar esse resultado, ele irá conseguir produzir lucro para a sua operação. Para o executivo, esse processo não é muito difícil de ser realizado, mas exige maior empenho estratégico e intelectual para alcançar o objetivo almejado.

 

Durante o evento, promovido pela Alshop, o executivo usou a metáfora da beleza do cisne negro para destacar a importância de ser diferente e aproveitar oportunidades. Para ele, na moda "todos perseguem o cisne branco", o mais provável de apresentar resultados. Contudo, o que gera lucro alto é o cisne negro: como por exemplo os produtos de grandes marcas como Havaianas e Melissa, afirmou.

 

Liquidação e e-commerce

 

Assuntos como a oferta de descontos acirrada e a utilização de novos canais de vendas como o comércio eletrônico (e-commerce) também têm chamado a atenção do mercado, principalmente entre os lojistas de centros de compras.

 

Para Elisa Ferreira, que é superintendente do Taguatinga Shopping, em Brasília (DF), os lojistas ainda precisam aprender muito sobre quais são os reais benefícios das liquidações. "Não há uma consciência de que liquidação é uma perda. Passou o Dia dos Namorados e as pessoas já estão fazendo liquidação. Os lojistas abusam de forma desenfreada deste tipo de ação", comentou.

 

Já para Décio Sanohara, diretor de e-commerce de um dos líderes do varejo, o Magazine Luiza, é importante investir em canais que trabalhem de maneira cada vez mais integrada. "O nosso estoque é totalmente compartilhado e o privilegiado é o cliente e não um determinado canal de vendas", afirmou ele.

 

O diretor ressaltou ainda que é necessário investir na experiência de compra para surpreender e servir da melhor forma os clientes. O executivo destacou que em algumas lojas da companhia, os vendedores conhecem os seus clientes pelo nome, e vice-versa. Há previsão de que Isso deva até ser experimentado em outros canais de atendimento da marca.

 

Ao falar em ampliação de canais de vendas, o sócio diretor da empresa A10 Investimentos e Assessoria, Hugo Bethiem, apontou a importância do conceito omnichannel como o futuro do varejo. Para ele, a proposta representa um grande desafio para o setor, no entanto é um processo que exige a determinação da alta diretoria da empresa, investimentos em marketing e sistemas tanto nas lojas físicas, como no e-commerce.

 

"As lojas físicas terão de se reinventar e de oferecer um apelo sensorial forte para os clientes. Hoje, se eles não quiserem mais sair de casa para comprar já poderão fazer isso", finalizou Bethiem.

 

 

 

Veículo: Jornal DCI


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