Frutas e logística do Pará atraem o capital japonês

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PARCERIA - Executivos asiáticos querem investir mais no Estado

 



As potencialidades do agronegócio, a área de logística e as riquezas naturais paraenses chamaram a atenção de empresários japoneses, que estiveram em Belém durante quatro dias na semana passada para conhecer a economia regional. Além da capital paraense, eles estiveram em Tomé-Açu e Barcarena, com o propósito de identificar novas possibilidades de investimentos no Pará. 

“Queremos ajudar outras novas empresas a investirem no Pará através de financiamentos’’, disse o representante do Japan Bank for International Cooperation (JBIC), instituição financeira pública do governo do Japão voltada à cooperação internacional, Eisuke Misawa, logo após ouvir o governador Simão Jatene, ao lado de outros 30 executivos asiáticos, na tarde de sexta-feira, 29, no Palácio dos Despachos.

Misawa disse que o JBIC concentra suas atividades no apoio às empresas japonesas que queiram investir em outros países e afirmou ter ficado impressionado com a forte presença da comunidade nipo-brasileira no Pará, principalmente em Tomé-Açu, onde a comitiva visitou a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), produtora de polpa de frutas regionais, naquele município do nordeste paraense.

“Não se trata apenas de investimentos financeiros. Senti que há uma grande expectativa do Pará para que nós possamos contribuir juntos para um mundo melhor, pois os desafios aqui, como falou o governador, são muitos, e essa mensagem me pareceu muito forte e devemos pensar seriamente nela’’, reiterou Misawa.

O agronegócio paraense também chamou a atenção de Koji Hosoya, representante da Nippon Express do Brasil, que atua no ramo de logística com transportes internacionais por vias aéreas e marítimas, além de despachos aduaneiros, isto é, o conglomerado viabiliza também os tramites de mercadorias de exportação e importação. O grupo tem escritório-sede em São Paulo.

“Estamos avaliando que o principal exportador de frutas do Brasil deve ser o Pará. Então, a gente veio aqui para prospectar esse potencial. No Brasil, ainda predomina a exportação de produtos primários, a exemplo da soja e recursos minerais, mas nós queremos ganhar competitividade com as frutas. E, neste sentido, se decidirmos, vamos buscar a parceria do governo do Pará para atuarmos juntos aqui’’, assegurou Hosoya.

Na região Norte, a Nippon tem escritório representativo em Manaus, Amazonas, mas o grupo quer transferi-lo para a capital paraense. “Queremos ter uma presença física em Belém e para isso teremos de contar com os incentivos do governo estadual’, observou o representante do grupo.

Yasushiro Ishida, diretor-presidente da Jetro São Paulo, órgão japonês cuja finalidade é promover os investimentos e o comércio exterior do Japão e, que contribuiu com a vinda da missão ao Pará, afirmou que o açaí é um dos grandes destaques nos mercados do Japão e Estados Unidos. Ele garantiu que a Jetro está determinada a atrair novas indústria para o território paraense, a fim de contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Pará.

Empresários dos setores de alimentos, indústria pesada (maquinário), logística e mineração, entre outras, os executivos japoneses participaram do Seminário Pará-Japão, com as presenças do governador Simão Jatene e do embaixador do Japão no Brasil, Kunio Umeda, no dia 29. Mas antes, eles visitaram Tomé-Açu e Barcarena, respectivamente, dias 27 e 28.

“Nossa intenção maior é a verticalização. Os últimos quatro projetos de lei de incentivos fiscais assinados pelo governador Jatene e já encaminhados à Assembleia Legislativa do Pará, priorizam os benefícios para quem agregar valor à sua produção com sustentabilidade e verticalização da cadeia produtiva de seu ramo em solo paraense’’, comentou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Adnan Demachki. 



Veículo: O Liberal - PA


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