CNC pede agilidade na liberação de defensivos para a cafeicultura

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O Conselho Nacional do Café (CNC), atendendo a um pedido feito pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, encaminhou uma lista atualizada dos agrotóxicos para utilização na atividade cafeeira com registro pendente no ministério, solicitando agilidade na liberação dos defensivos. A relação foi elaborada com base nas prioridades de combate aos principais problemas fitossanitários enfrentados pela cafeicultura nacional e conta com 26 produtos aguardando registro.

Entre as pragas e doenças que poderão ser combatidas, mediante a aprovação do CNC, encontram-se:broca do café; bicho mineiro; ervas daninhas (produtos sem o ingrediente ativo glifosato); ferrugem; cercóspora; e nematoides. No documento, o CNC destacou a importância do registro do máximo possível de ingredientes ativos diferentes para o combate à broca do café, com o objetivo de mitigar o risco de desenvolvimento de resistência por esta danosa praga, bem como de reduzir os custos de produção.

De acordo com o presidente-executivo do CNC, Silas Brasileiro, a entidade também salientou a necessidade de herbicidas eficientes no controle das plantas daninhas, haja vista a decisão da União Europeia de reduzir os limites aceitáveis de resíduos de glifosato nos cafés importados.

"Explicamos, ainda, que a disponibilização de mais produtos eficientes no controle das principais pragas e doenças do café no mercado estimula a concorrência comercial, que tende a reduzir os preços que os produtores pagam pelos defensivos. Além disso, somente viabilizando o acesso dos cafeicultores a mais opções tecnológicas para o controle das principais pragas de suas lavouras será garantida a preservação da competitividade e da sanidade do maior parque cafeeiro do mundo", ressaltou Brasileiro.

OIC - Em relação ao consumo, Brasileiro enfatizou que a Organização Internacional do Café (OIC) destacou que a demanda global pelo produto continua vertiginosa, com o consumo no mundo podendo ter alcançado 149,3 milhões de sacas de 60 kg em 2014, o que implica um crescimento médio anual de 2,3% nos últimos quatro anos.

"Essa crescente procura, aliada a duas menores safras seguidas do Brasil, tende a ser um fator de alta dos preços no mercado, entretanto o CNC recorda que os produtores não devem trabalhar com especulações, haja vista que, na maioria das vezes, são os mais prejudicados. O que recomendamos é que os cafeicultores tenham ciência de seus reais custos de produção e, ao observarem as cotações remuneratórias desejadas, realizem alguns negócios, angariando lucros e não ficando reféns dos picos de baixa enquanto esperam as máximas que poderão ocorrer somente quando não mais possuírem o produto", disse.

Segundo Brasileiro, o CNC passa essa orientação porque entende que o mercado cafeeiro se movimenta influenciado muito além dos fatores fundamentais, sofrendo impactos da macroeconomia e de outros mercados com mais peso que o das soft commodities. "Além disso, mesmo com a redução na produção de café do Brasil em 2014 e 2015, acreditamos que o País terá produto suficiente para honrar seus compromissos de exportação e consumo. Dessa maneira, reiteramos que não há espaço para que os produtores entrem no jogo das especulações e corram riscos além dos que a própria atividade já proporciona".



Veículo: Diário do Comércio - MG


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