Intenção de consumo cai ao menor nível desde 2010

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O índice de Intenção de Consumo das Famílias caiu 6,9% em abril e atingiu o menor nível da série histórica, de acordo com pesquisa divulgada na segunda-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O recuo é de 17,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a assessora econômica da CNC Juliana Serapio, o indicador deste mês foi o primeiro da série histórica em que todos os componentes atingiram o menor patamar já registrado. A medição é feita desde janeiro de 2010.

A queda foi mais forte na intenção de comprar bens duráveis, chegando a 14,3% na comparação com março e a 32,5% em relação a abril do ano passado. Para a CNC, a queda está relacionada ao encarecimento do crédito. "Quando o crédito fica mais caro, isso afeta diretamente a intenção de consumo desses bens, que, muitas vezes, dependem de financiamento", explica a economista.

Favorável - Apesar da queda, o índice continua no patamar considerado favorável (acima dos 100 pontos), com 102,9 pontos. Três componentes, no entanto, já recuaram para o patamar negativo: Momento para Duráveis, com 78,9 pontos, Nível de Consumo Atual, com 79,5 pontos, e Perspectiva de Consumo, com 95,3 pontos.

O Nível de Consumo Atual caiu 8% em relação ao mês de março e 17,1% comparado a abril do ano passado. As Perspectivas de Consumo tiveram queda ainda maior, de 9% na comparação com março e de 28,1% em relação a 2014. Para Juliana, a inflação registrada em março, de 1,32% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contribuiu para esse cenário.

"Ela voltou a ficar pressionada pelos itens alimentação e habitação. Isso é algo que explica bastante a redistribuição do orçamento das famílias". As famílias com renda até 10 salários mínimos tiveram queda menor que as de maior renda, registrando redução na intenção de consumo de 6,4%, contra 9% das demais.

As perspectivas profissionais medidas pela CNC também estão em queda, apesar de a maior parte das famílias considerá-las positivas. Segundo a pesquisa, 53,7% estão otimistas para os próximos seis meses, enquanto 38,7% estão pessimistas. O indicador que mede essa expectativa teve queda de 5,9% em relação a março, e de 9,8% na comparação com abril. (FP)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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