Preços do café reagem com força nos EUA e no Brasil

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Enfim o mercado internacional de café, na semana passada, mais positiva para as cotações. No balanço até a quinta-feira, os produtores finalmente viram um mercado mais favorável. Os preços subiram com força na Bolsa de Nova York, em meio à cobertura de posições vendidas, fatores técnicos e também preocupações com a nova safra no Brasil. E isso trouxe os melhores cafés no Brasil de volta a importante casa dos R$ 500 a saca.

Na Bolsa de NY, que baliza a comercialização internacional, o mercado conseguiu romper importantes resistências enquanto subia e superou a faixa de US$ 1,40 a libra-peso, fechando a US$ 1,4415 na quinta-feira. Traders comentaram que houve, sim, reflexo na bolsa das indicações de que os produtores no Brasil estão retendo fortemente a oferta.

De acordo com relatório divulgado pela empresa de consultoria em agronegócio Safras & Mercado, o cafeicultor detém pouca oferta de anos anteriores e está capitalizado, vendendo agora somente para necessidades imediatas de caixa. Além disso, o produtor tem um preço em mente, e esse preço é R$ 500 a saca ou mais. Acima desse valor ele dispõe-se a negociar, como se viu no mercado. Essa retração na oferta é fator altista em NY.  bom lembrar, entretanto, que as subidas do dólar no país seguem pressionando negativamente a bolsa.

Resta agora ver se Nova Yorque conseguirá se manter acima dessa linha de US$ 1,40 a libra-peso e até se pode testar níveis mais altos. A volatilidade segue muito intensa e esse é o mesmo mercado que na outra semana caiu abaixo de US$ 1,30. Londres no robusta vem acompanhando as oscilações de NY e a bolsa superou novamente a faixa importante também de US$ 1.800 a tonelada.

De acordo com Safras, os fundamentos no mercado não mudaram. O quadro de oferta segue muito justo frente à demanda, e assim as atenções seguem ligadas às notícias sobre o tamanho das safras do Brasil deste e do próximo ano e o humor também bem ligado às oscilações do dólar no Brasil. Informações sobre a produção de outras origens seguem também vigiadas, e o mercado carece de novidades para alçar voos mais altos ou testar níveis inferiores.

No balanço da semana até a quinta-feira, a Bolsa de Nova York para o contrato maio do arábica acumulou alta de 11%, subindo de 129,80 centavos de dólar por libra-peso (fechamento do dia 13) para 144,15 centavos. Na Bolsa de Londres, o robusta para maio subiu 16,5%, passando de US$ 1.708 para US$ 1.819 a tonelada.

No Brasil, os preços avançaram bem e o mercado ganhou movimentação e mais negócios com isso, seguindo o comportamento das bolsas. Para os arábicas de melhor qualidade, as cotações superaram a "linha mágica" de R$ 500,00 a saca, o que acende o interesse dos cafeicultores na venda.

Assim, informa Safras, no Sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa subiu na semana de R$ 450,00 para R$ 510,00 a saca, alta de 13,3%. Se nas bolsas a alta do dólar pressiona para baixo os preços, no Brasil o avanço da moeda americana dá sustentação aos valores em reais, e a semana até a quinta-feira foi de novos avanços, com a divisa chegando à casa de R$ 3,30.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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