Empresas mineiras estão menos dispostas a investir

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Maioria das inversões será feita em projetos que já estavam em andamento

 



As incertezas em relação à economia brasileira e a ociosidade verificada nas linhas de produção deverão prejudicar os aportes do setor industrial em 2015, conforme a pesquisa "Investimento da Indústria - Minas Gerais", divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Em 2014, as empresas investiram menos no Estado.

Foram consultadas 70 companhias entre novembro e dezembro do ano passado. De acordo com o levantamanto, 64% dos entrevistados afirmaram que realizarão aportes no atual exercício. Porém, este é o pior resultado da série histórica, iniciada em 2010. A economista da Fiemg, Annelise Rodrigues Fonseca, explica que as inversões neste ano serão apenas continuação dos planos que já estavam em andamento. "São, em sua maioria, projetos destinados à melhoria da produtividade e da competitividade", afirma.

De acordo com a pesquisa, 34,9% das empresas que realizarão investimentos neste exercício aplicarão os recursos em melhoria do processo produtivo. Já 23,3% delas pretendem aportar na introdução de novos produtos no mix. Apenas 18,6% afirmaram que as inversões serão feitas no aumento da capacidade. "O empresário alega que já está com capacidade ociosa, o que torna mais difícil ainda retomar o crescimento com novos investimentos", diz a economista. Para 85% das empresas, a capacidade está adequada ou mais do que adequada para atender a demanda prevista para 2015.

Entre os entraves que podem impedir os investimentos, a incerteza econômica foi apontada por 30,2% dos entrevistados. Em seguida estão a reavaliação da demanda e a ociosidade elevada, com 17,2% das respostas. O custo do crédito também está entre os gargalos, segundo 15,5% das empresas.

Ano passado - Ainda conforme o estudo da Fiemg, 67,1% das empresas consultadas realizaram aportes no ano passado, contra 76,1% em 2013. Este é também o pior resultado desde 2010. De acordo com a pesquisa, 70% dos estabelecimentos que realizaram inversões em 2014 aplicaram os recursos na continuação de projetos, enquanto apenas 26% realizaram investimentos em novos planos.

Dos projetos viabilizados no exercício passado, 43% foram concluídos conforme o planejado e 36% foram realizados parcialmente. Já 17% dos planos de investimento foram adiados ou cancelados pelas empresas. Entre os motivos da postergação ou cancelamento, destaca-se a incerteza econômica, apontada por 35,3% das empresas. Em seguida estão a ociosidade elevada (22,1%) e a dificuldade na obtenção de financiamento (11,8%).

Em meio à redução na oferta de crédito, 68,4% dos investimentos foram feitos com recursos próprios. Os bancos oficiais de desenvolvimento responderam por 14,6% e as instituições bancárias privadas foram responsáveis por 9,6% dos recursos investidos. Em 2014, as empresas aportaram na melhoria do processo produtivo (27,7%) e na manutenção da capacidade (23,4%). Segundo o estudo da entidade, 55,3% dos empresários compraram máquinas e equipamentos no ano passado, sendo que a maior parte foi adquirida no mercado doméstico.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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