O prazo de permissão de uso emergencial de agrotóxicos à base de brometo de metila em fibras e caroço de algodão destinados à exportação foi prorrogado por até um ano. A decisão foi publicada na segunda-feira passada no "Diário Oficial da União" (DOU), através do Ato nº 62.

A providência foi tomada na semana passada durante a 11ª Reunião Ordinária do Comitê Técnico para Assessoramento de Agrotóxicos (CTA), responsável por racionalizar e conciliar os procedimentos técnico-científicos e administrativos nos processos de registro de agrotóxicos, seus componentes e afins.

A extensão do uso desses produtos levou em consideração a exposição apresentada pelo Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) quanto às preocupações para a manutenção da autorização que venceu no dia 4 passado. Os produtos à base de brometo de metila são importantes para atender às exigências de tratamento fitossanitário pelos países importadores de fibra e caroços de algodão.

De acordo com Júlio Britto, coordenador-geral de Agrotóxicos que participou da reunião, espera-se, com a decisão, que a utilização de tratamentos fitossanitários à base de brometo de metila continuem a ser autorizados até que se tenha uma nova recomendação para o uso deles em zonas primárias, como medidas quarentenárias e quando exigidos por países importadores, que é o caso das exportações de fibras e caroços de algodão.

"A proposição de nova medida será avaliada pelo CTA no próximo ano e deve ser concluída até o final de 2015 em substituição a instrução normativa conjunta que regula as aplicações de brometo de metila", disse.

A reunião que prorrogou a utilização dos produtos em caráter emergencial contou também com a participação de Carlos Goulart, coordenador de Fiscalização do Trânsito de Vegetais e representantes da Anvisa e do Ibama.




Veículo: Diário do Comércio - MG