Preço de frutas puxa indicadores da inflação

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Pesquisa da FGV mostra que sete dos oito grupos avaliados tiveram alta; a maior pressão foi do grupo alimentação (de 0,13% para 0,29%), com destaque para as frutas (de 0,99% para 2,30%)


Pressionadas por intempéries climáticas nas regiões produtoras ou pela comercialização fora de época, as frutas registraram avanço nos preços, suficiente para alavancar o grupo alimentos e a prévia semanal da inflação.

O resultado aparece com a alta de 0,21%, ante os 0,12% da avaliação anterior, no Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da primeira prévia de setembro. O estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) mostra que sete dos oito grupos analisados apresentaram acréscimos. A maior pressão veio do grupo alimentação, ao passar de 0,13% para 0,29%, com destaque para as frutas, que subiram de 0,99% para 2,30%.

"Hoje, através da evolução tecnológica, você consegue produzir frutas o ano todo, mesmo fora da época ideal. Porém, isto pode comprometer a qualidade da produção e desencadear alta nos preços", explica o presidente do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), Moacyr Saraiva Fernandes.

Na avaliação da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), o processo de desaceleração de preços iniciado em abril, ao que tudo indica, não deverá se repetir nos próximos meses.

"A estiagem que atingiu a Região Sudeste e a escassez de água em vários municípios do interior do Estado de São Paulo deverão prejudicar o volume ofertado e a qualidade de alguns produtos", diz a companhia em nota.
Com base no desempenho dos produtos no mês de agosto, de acordo com a Ceagesp, espera-se um incremento na demanda a partir de setembro, com destaque para o segmento frutífero, fato que de pode acarretar novas elevações nos próximos meses.

"A melancia, maracujá e a manga estão sendo vendidas fora da época, mas em breve poderemos ver uma modificação no desempenho de preços destas frutas. O mamão é um exemplo típico de ascensão de preço por uma produção prejudicada pelo clima. Já na laranja de mesa houve uma redução na oferta e alta de preço, diferente do tipo utilizado para produção de suco", explica o presidente da Ibraf.
Por outro lado, entre as quedas, Fernandes destaca o morango, que vem mostrando um decréscimo de valor além do esperado para o período, mesmo no auge da safra.



Veículo: DCI


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