Cafeicultor tem crédito remanescente

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Recurso disponibilizado através do Funcafé, R$ 112 milhões, pode ser aplicado na colheita da produção 2014

Os cafeicultores de Minas Gerais já podem acessar o crédito remanescente da safra 2013 disponibilizado através do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), no valor de R$ 112 milhões, para ser aplicado na colheita da safra 2014. O recurso é considerado importante para o momento atual, já que os gastos com o início da colheita estão altos.

O valor do remanejamento, que era voltado para o custeio da safra 2013, é considerado suficiente para atender apenas a demanda inicial da cafeicultura. A grande expectativa do setor é na liberação dos recursos para a safra 2014, que serão de R$ 3,8 bilhões e ainda não tem data prevista.

De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das comissões de Café da entidade e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, o remanejamento dos valores, pela primeira vez, chegou no início da colheita e irá auxiliar o produtor que não tem estoque de café para ser vendido a preços lucrativos, hoje em torno de R$ 500 por saca de 60 quilos.

"No primeiro momento, esse valor será fundamental para atender a demanda dos produtores que começaram a colheita e não tiveram a sorte de ainda ter café para vender em torno de R$ 500. Este ano, o remanejamento do recurso foi mais rápido, o que é importante, já que o cafeicultor só consegue colocar o produto no mercado cerca de um mês e meio depois de colher. Como a maioria está descapitalizada, o recurso será usado para cobrir os custos com a colheita, que são os maiores da atividade", diz Mesquita.


Acesso - De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o recurso poderá ser acessado pelos produtores até julho deste ano para as operações de colheita. Os juros serão os mesmos praticados em 2013, 5,5% ao ano.

O crédito está disponível nas instituições financeiras contratadas pelo Mapa: Banco do Brasil, Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Cooperativa Central de Crédito de Minas Gerais (Crediminas), Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Carmo do Rio Claro (Credicarmo), Cooperativa de Crédito em Guaxupé e Região (Agrocredi) e a Cooperativa de Crédito Rural e de Pequenos Empresários (Credivar).

Segundo Mesquita, o remanejamento do recurso foi positivo para o setor, porém, é uma medida paliativa. A expectativa real da cafeicultura está em torno do anúncio da liberação dos recursos do Funcafé para a safra 2014, que serão de R$ 3,8 bilhões.

"O valor liberado agora é muito pouco frente ao que será anunciado pelo governo, que é de R$ 3,8 bilhões para a safra atual. Nossa expectativa é que este anúncio seja feito o mais rápido possível, uma vez que os R$ 112 milhões só serão suficientes para atender a demanda inicial do período de colheita. Diante ao mercado especulativo do café, o crédito é fundamental para dar condições do produtor em administrar e planejar a comercialização da safra no momento mais oportuno", afirma Mesquita.

De acordo com Mesquita, a colheita em Minas está muito no início, mas já se sabe que as perdas serão significativas. O levantamento inicial feito pela Fundação Procafé estima que a quebra de safra no Estado fique em torno de 22%, variando entre 19,77 milhões e 20,97 milhões de sacas.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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