Preço da cesta básica em Porto Alegre sobe 0,9% em abril

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Com o aumento, cidade segue liderando o ranking das capitais com o custo em alimentos mais alto do país

Após disparada de 12,52% em março, o preço da cesta básica em Porto Alegre seguiu em alta em abril. O aumento foi de 0,9% e, com o índice, a cesta chegou a R$ 359,37 — mantendo a cidade no topo do ranking das capitais com o custo em alimentos mais alto do país. Os dados são da pesquisa mensal do Dieese, divulgados na manhã desta quinta-feira.

Se no mês anterior o preço do tomate — que praticamente dobrou — foi o vilão do encarecimento da cesta básica, em abril o item da salada teve o maior recuo entre os produtos pesquisados, com queda de 10,36%. As maiores altas ficaram por conta da batata, da banana e do leite. Aos consumidores, a dica é fugir dos alimentos mais caros, substituindo por outros produtos.

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— O aumento se manteve, mas em um ritmo bem menor. O que segue puxando essa alta são os produtos in natura que estão com baixa oferta devido ao clima adverso, já que essa é uma época de muitas mudanças climáticas — avalia a economista do Dieese-RS Daniela Sandi.

No acumulado dos últimos 12 meses, o leite ficou 12,24% mais caro — sendo que, em abril, a alta foi de 7,84%. No mesmo dia em que é realizada a quinta fase da Operação Leite Compen$ado, que investiga adulterações ilegais no produto, uma das explicações pode ser justamente uma das consequências da fraude.

— Não tem como mensurar, mas, de certa forma, tem um impacto. À medida que diminui a oferta de marcas no mercado, os preços tendem a subir. Verificamos isso no segundo semestre do ano passado, quando a fraude foi descoberta. Já vínhamos em um período de alta porque a oferta do leite estava em baixa, mas, com a adulteração, o preço subiu mais em Porto Alegre do que nas demais capitais. Provavelmente, a fraude somou na alta — avalia a economista.

Em 2014, o aumento do valor da cesta chega a 9,17%. Porém, o estudo do Dieese mostrou que o salário mínimo não acompanhou o crescimento. No mês de abril, o valor dos alimentos comprometeu 53,95% do salário mínimo líquido do trabalhador — ou seja, sobrou menos da metade do orçamento do mês para as demais despesas, como transporte e moradia. De acordo com a pesquisa, o salário mínimo necessário seria de R$ 3.019,07 — 4,17 vezes superior ao atual, de R$ 724.



Veículo: Zero Hora - RS


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