Mercado do trigo no país opera em estabilidade

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O mercado nacional de trigo segue operando com estabilidade em seus referenciais de preço. No CIF de Curitiba, o cereal está indicado a R$ 830,00 por tonelada. Em comparação a mesmo momento do mês anterior, a alta apontada é de 9,9%. Se comparado a mesmo período do ano passado, a alta é de 3,1%.

De acordo com relatóri divulgado pela empresa de consultoria em agronegócio Safras & Mercado, a safra gaúcha continua enfrentando problemas em ser comercializada. Em 2013, houve uma grande escassez do cereal no mercado nacional, a ponto de o governo ter liberado a compra de 3 milhões de toneladas de fora do Mercosul, com isenção da Tarifa Externa Comum (TEC).

Assim, os moinhos estão com seus estoques abastecidos. Além disso, a Argentina vai liberar 1,5 milhão de toneladas para exportação, o que deve dificultar ainda mais a escoação do trigo gaúcho.

O problema desse encalhe é que, a partir de fevereiro, os produtores começam a colher a safra de milho e de soja, e os armazéns gaúchos estão abarrotados com o trigo. Apenas 20% da safra do cereal 2013/14 foi comercializada.

No CIF de Porto Alegre o cereal está indicado em R$ 590,00 a tonelada. Em comparação a mesmo momento do mês anterior a queda apontada é de 9,2%. Segundo o último relatório do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, a colheita de trigo está 100% concluída, contra 99% da semana anterior.

Estoques - A comercialização é de 71%. Ainda no lado da oferta, neste ano o governo não contará com a munição dos estoques públicos. Diante deste quadro, e considerando que 2014 será um ano de eleição presidencial - quando o governo tende a impedir que elevações nos preços de alimentos resultem em inflação -, a necessidade de comprar no Hemisfério Norte para garantir o abastecimento deve fazer com que a TEC seja isentada.

De acordo com análise de Safras & Mercado, essa isenção, no entanto, deve ser pontual. Isso porque, os preços atrativos levarão o Paraná e o Paraguai a fornecer uma safra cheia para os moinhos nacionais. Ao contrário do que ocorreu em 2013, se o clima favorecer, os primeiros lotes chegarão ao mercado na segunda quinzena de agosto.

A expectativa é de que os triticultores paranaenses e paraguaios tenham uma janela interessante para negociar, pois a safra de 2014 da Argentina ingressa apenas em dezembro.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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